Clebson José Soares.

 

PROCESSO DE PRÉ-FORMAS (FABRICAÇÃO)

 

A FABRICAÇÃO DAS PRÉ-FORMAS DE PET

Ao utilizarmos uma embalagem de PET, não percebemos a tecnologia envolvida no seu processo produtivo, tampouco as várias etapas necessárias até a obtenção do produto final. Antes da garrafa, é necessário produzir uma PRÉ-FORMA.

Trata-se de uma peça em forma de tubo – com rosca - que será, posteriormente, soprada para chegar ao formato final do produto – um frasco, um pote, uma garrafa e a absoluta maioria das embalagens de PET existentes. A transformação da resina PET em garrafas, frascos ou potes ocorre em 7 etapas distintas, sendo que as 4 primeiras dizem respeito à fabricação das pré-formas:

  1. Secagem
  2. Alimentação
  3. Plastificação
  4. Injeção
  5. Condicionamento
  6. Sopro
  7. Ejeção do produto.

1 - Secagem da resina é uma das etapas mais importantes e críticas. PET é um material higroscópico, que absorve água do meio ambiente durante seu armazenamento. A umidade dos grão de PET pode atingir níveis elevados de até 0,6% em peso, se expostos sem nenhuma proteção às intempéries por longos períodos. Na prática, se a resina for mantida em locais fechados por curtos períodos de tempo, o valor de umidade é normalmente menor, podendo ser inferior a 0,1%.

Se a resina for submetida à fusão com esses níveis de umidade, sofre uma rápida degradação (hidrólise), reduzindo o seu peso molecular, o que é refletido na perda da viscosidade intrínseca (VI) e consequente perda de suas propriedades físicas. Portanto, a secagem cuidadosa e controlada das resinas PET é uma operação essencial antes de sua transformação. As recomendações práticas para se ter um processo de secagem eficiente e confiável são:

  • Manter a temperatura efetiva dos grãos entre 160 / 180ºC (medida na saída do secador);
  • A temperatura do ar seco não deve exceder 190ºC (medido na entrada do secador). Esse limite deve ser respeitado para evitar degradação termo-oxidativa que é muito rápida acima desta temperatura. Este fenômeno, quando ocorre, é percebido através do amarelamento do grão;
  • O ponto de orvalho deve ser inferior a 30ºC (medido na entrada do secador);
  • Normalmente o secador é operado acima de 3 Nm3(cúbicos) de ar/kg de PET/h, na temperatura e ponto de orvalho de operação;
  • O tempo de residência dos grãos deve ser superior a 4h. Na faixa de temperatura recomendada para a secagem, a velocidade de degradação termo-oxidativa é baixa, mas o uso de tempos muitos longos pode tornar essa degradação significativa.

2 - Alimentação é a transição entre o silo que armazena a resina e a entrada do PET na injetora. Nesta etapa, quando necessário, são dosados aditivos à resina PET (protetores aos raios ultravioleta, concentrados de cor, etc.), através de equipamentos específicos para esta finalidade. Aqui o material está sólido, seco e a uma temperatura, preferencialmente, acima de 100ºC.

3 - Plastificação é muito importante e delicada. Nesta etapa a resina PET muda de estado físico para ser injetado. Ele é aquecido e plastificado dentro do canhão da injetora com o auxilio de um parafuso sem fim, com passo de rosca e zonas de pressão bem determinados. As temperaturas de trabalho, geralmente controladas por resistências, variam conforme o equipamento e estão entre 265 e 305oC.

4 - Injeção, ou, a etapa de transferênciada resina PET plastificada para o molde de pré-formas. O molde deve estar abaixa temperatura, devido à circulação em seu interior de água gelada. O PET no molde de injeção endurece rapidamente devido a esta baixa temperatura. Se o resfriamento fosse lento, o PET poderia retornar parcialmente ao estado cristalizado, podendo debilitar algumas propriedades do produto final.

Ao final desta etapa, a pré-forma está pronta, com o gargalo em sua forma definitiva e o corpo que, na etapa seguinte, será transformado no corpo da embalagem final. A produção das Pré-formas de PET é normalizada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas através da ABNT NBR 15588:2008. O documento pode ser adquirido diretamente com a ABNT.

PRÉ-FORMAS - VARIEDADE

Pré-formas de PET: variedade para todos os fins

Antes da garrafa pronta, como a conhecemos nos mercados, é necessário produzir uma PRÉ-FORMA. Trata-se de uma peça em forma de tubo – com rosca - que será, posteriormente, soprada para chegar ao formato final do produto – um frasco, um pote, uma garrafa e a absoluta maioria das embalagens de PET existentes.

Com é fácil observar em qualquer supermercado, há uma grande variedade de produtos envasados em PET. Desde os tradicionais e pioneiros refrigerantes até produtos de limpeza, remédios e muitos outros. Cada produto exige um determinado desempenho de sua embalagem: resistência mecânica, transparência, resistência química e tamanhos variados. Para atender tantas especificações, foram desenvolvidas várias pré-formas de PET e cada uma dará origem a um frasco, garrafa ou pó, e de características próprias.

Cada uma tem um tipo de finish (a parte da rosca da garrafa), podem ser mais leves, ter a boca larga (adequadas para potes) e mais uma série de características que fazem de cada embalagem um exercício de tecnologia, inteligência e planejamento. Com isso, ganham consumidores, indústria e o meio ambiente, já que o uso de material será sempre racionalmente pensado para cada caso. A produção das Preformas de PET é normalizada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas através da ABNT NBR 15588:2008. O documento pode ser adquirido diretamente com a ABNT. A Abipet recomenda a leitura do guia Diretrizes para Projeto de Garrafa, disponível no site para leitura ou download (link para página publicações).

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Fonte: https://www.abipet.org.br

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Clebson José Soares.

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