Clebson José Soares.
ESTUDO DA CADEIA PRODUTIVA DO PET - POLIETILENO TEREFTALATO
COM ÊNFASE NO ESTADO DE PERNAMBUCO
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO |
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1.1 Objetivo |
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1.2 Ciclo do Petróleo |
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1.3 Petroquímica no Mundo |
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1.4 Petroquímica no Brasil |
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1.5 Petroquímica em Pernambuco |
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1.6 A História do Plástico |
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1.7 A História do PET |
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2 METODOLOGIA |
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3 RESULTADOS |
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3.1 Processos de Monômeros e Polímeros |
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3.2 Resina PET |
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3.3 Ciclo de transformação da Resina PET |
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3.4 Capacidade Produtiva da Resina PET no Brasil (2000 a 2013) k/ton |
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3.5 Produção da Resina PET no Brasil em 2007 (k/ton) |
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3.6 Produção da Resina PET no Brasil em 2010 (k/ton) |
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3.7 Balança Comercial da Indústria Petroquímica no Brasil |
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3.8 Investimentos no Brasil - Balanço entre Oferta e Demanda |
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3.9 Indicadores nas Indústrias Petroquímicas do Brasil |
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3.10 Situação mundial do Setor Químico Industrial em 2010 |
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3.11 Empregabilidade |
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3.12 Produção da Resina PET em Pernambuco em 2010 (k/ton) |
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3.13 Consumo do PET viabilizou Projeto em Pernambuco |
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3.14 Volumes de Vendas |
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3.15 Desempenho Operacional da M&G |
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3.16 Principal Mercado que utiliza a Resina PET no Brasil |
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3.17 Arrecadação de Impostos |
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3.18 Moldagem de Produtos Plásticos |
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4 PROSPECTIVA |
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4.1 Propostas |
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4.2 Contribuições |
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5 CONCLUSÕES |
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6 REFERÊNCIAS |
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7 APÊNDICES |
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APÊNDICE A - |
Principais meios utilizados como fontes de pesquisas |
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8 ANEXOS |
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ANEXO A - |
Próximos cursos do setor de plásticos |
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ANEXO B - |
Próximas feiras relacionadas ao setor de plásticos |
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ANEXO C - |
Próximos congressos do setor de plásticos |
1 INTRODUÇÃO
1.1 Objetivo
O principal objetivo desse trabalho é mostrar boa parte de tudo do que se envolve na Cadeia Produtiva do PET - Polietileno Tereftalato no Estado de Pernambuco, desde sua origem até o consumidor final, por meios de sua história, suas matérias-primas, os seus processos de transformação e sua produção, como também o processo das pré-formas e os produtos acabados, as embalagens PET. Mostrar a produtividade do Polietileno Tereftalato – PET, no Estado de Pernambuco, no Brasil e no mundo.
Mostrar um breve resumo do ciclo do petróleo, das histórias das petroquímicas, indústrias químicas, dos plásticos e do próprio PET, tudo isso ligado com a sua origem, transformação, processo e produção, tanto no Estado de Pernambuco, no Brasil e no mundo. Mostrar a logística de um modo em geral, o quanto e como ela se encontra envolvida por meios de seus modais.
Mostrar a empregabilidade no setor, volumes de vendas, balança comercial, investimentos no Brasil, indicadores das petroquímicas, arrecadação de impostos, projeto em Pernambuco viabilizado pelo consumo de PET, e outros. Enfatizar o mercado de bebidas carbonatadas (refrigerantes, sucos e etc), mercado esse maior consumidor do produto, a resina PET, e consequentemente o mercado que obtêm a maior lucratividade ligado ao PET.
1.2 Ciclo do Petróleo
Figura 1 - Fluxograma do Ciclo do Petróleo. Fonte: Elaboração SOARES, 2011.
a. Petróleo
Petróleo (do latim petroleum, petrus = pedra e oleum = óleo, do grego πετρέλαιον [petrélaion], "óleo da pedra", do grego antigo πέτρα [petra], pedra + έλαιον [elaion] óleo de oliva, qualquer substância oleosa, no sentido de óleo bruto), é uma substância oleosa, inflamável, geralmente menos densa que a água, com cheiro característico e coloração que pode variar desde o incolor ou castanho claro até o preto, passando por verde e marrom (castanho). Trata-se de uma combinação complexa de hidrocarbonetos.
Figura 2 - Imagens 1, 2 e 3 (todas com ênfase no produto Petróleo Bruto). Fonte: diariodopresal.wordpress.com; bp.blogspot.com; petroleolusofono.blogspot.com
b. Origem
Há inúmeros conceitos para origem do petróleo, mas, o mais conhecido é que são os restos de matéria orgânica, bactérias, produtos nitrogenados e sulfurados no petróleo indicam que ele é o resultado de uma transformação da matéria orgânica acumulada no fundo dos oceanos e mares durante milhões de anos, sob pressão das camadas de sedimentos que foram se depositando e formando rochas sedimentares.
Figura 3 - Imagens correlacionadas à origem do petróleo (fósseis, matérias orgânicas, rochas sedimentares e formação de petróleo). Fontepresenteparahomem.com.br; segurancadotrabalho.com; petrobras.com.br; caminhosgeologicos.gov.br
c. Prospecção
É realizado um estudo das regiões onde há maior probabilidade de se encontrar petróleo. Reúne-se geólogos, geofísicos, agrônomos, paleontólogos, entre outros especialistas para se aumentar a chance de encontrar petróleo em determinada região. O estudo é realizado com aviões sonda, satélites e através de pequenos terremotos artificiais, sendo possível identificar o tipo de rochas presentes. Para se ter certeza mesmo é necessário que se perfure o solo.
Figura 4 - Avião sonda (a), satélite (b) e terremotos artificiais (c). Fonte: mundodoquimico.com.br
d. Exploração e Produção
Petrobrás - Ir cada vez mais fundo e vencer o desafio de produzir petróleo em campos marítimos (Offshore). Assim tornou-se uma empresa reconhecida internacionalmente pela excelência mundial no desenvolvimento e aplicação de tecnologia de exploração e produção em águas profundas e ultraprofundas. Ao "explorar" e "produzir", se pesquisam, localizam, identificam, desenvolvem, produzem e incorporam as reservas de óleo e gás natural.
Figura 5 - Excelência mundial em exploração e produção em águas profundas e ultraprofundas.Fonte: petrobras.com.br
Figura 6 - Plataformas Offshore e Onshore. Exploração e produção em águas profundas, ultraprofundas e em terras. Fonte: engpeg.blogspot.com engpeg.blogspot.comisopetro.com.br; pintonews.blogspot.com; qgdopetroleo.com
e. Refino
O petróleo bruto, tal como sai do poço, não tem aplicação direta. Para utilizá-lo, é preciso fracioná-lo em seus diversos componentes, processo químico que é chamado de refino ou destilação fracionada. Para isso, aproveitam-se os diferentes pontos de ebulição das substâncias que compõem o óleo, separando-as para que sejam convertidas em suas frações e consequentemente em produtos finais. Abaixo, segue a lista de todas essas frações, além dos subprodutos e resíduos que também são gerados nos processamentos químicos.
Figura 7 - Esquema de refino. Fonte: quimica-petroleo.blogspot.com
Figura 8 - Torres de destilação em plantas petroquímicas. Fonte: profpc.com.br; teclasap.com.br; processo-industrial.blogspot.com
Dentre todas essas frações supracitadas, estaremos dando uma ênfase maior às frações dos produtos do Etano e da Nafta, por se tratarem de serem os responsáveis pela transformação do PET em seu processo produtivo, conforme mostra o fluxograma do abaixo:
Figura 9 - Fluxograma do processo produtivo do PET. Fonte: BRASKEM
f. Produto
1. Etano
O Etano, cuja fórmula química é C2H6, é um hidrocarboneto gasoso alifático saturado, inflamável, incolor e inodoro. É o segundo membro da série dos hidrocarbonetos alcanos (parafinas). O seu ponto de fusão é de -183ºC e o seu ponto de ebulição é de -89ºC. Encontra-se no petróleo, no gás natural e no gás das instalações de coque, podendo também ser obtido por adição de hidrogênio ao etileno. O etano é usado principalmente para aquecimento. Também se transforma em Eteno.
2. Nafta
A nafta (do árabe, naft ) é um derivado de petróleo utilizado principalmente como matéria-prima nas indústrias petroquímicas, sua composição aproximada é de 8 a 9 carbonos, seu ponto de ebulição é de 90 a 120ºC. A nafta é um líquido incolor, com faixa de destilação próxima à da gasolina. E através de processos químicos, a nafta gera alguns tipos de subprodutos, da ordem de grandeza (1ª, 2ª e 3ª geração) tais como o Paraxileno, que é da ordem de grandeza de 1ª geração.
g. Subprodutos do Etano e Nafta
1. Eteno
Eteno ou etileno, um hidrocarboneto gasoso incolor e inflamável, fórmula: C2H4. Ponto de fusão = -169oC, Ponto de ebulição = -102oC. É o primeiro membro da série dos hidrocarbonetos alcenos. É obtido pela separação de hidrocarbonetos do petróleo e é hoje em dia principal matéria-prima na produção de outros produtos químicos orgânicos, tais como: etanal, etanol, etano-1,2-diol. Pode ser polimerizado formando um tipo de plástico chamado polietileno. A partir do Eteno, pode-se fabricar um grande número de polímeros (plásticos).
2. Paraxileno
O Paraxileno é obtido através dos processos químicos, que a nafta sofre, consequentemente dar-se origem a geração de vários tipos de subprodutos, e pela ordem de grandeza, os primeiros subprodutos gerados, são os da 1ª geração, tais com o próprio paraxileno. Os dimetilbenzenos, conhecidos geralmente como xilenos, são importantes compostos químicos industriais. Eles são utilizados na fabricação de corantes, na produção de ácido benzóico, anidrido ftálico e dos ácidos isso- e tereftálico. Os ésteres dimetílicos desses ácidos são usados em reações de polimerização para a produção de uma grande família de poliésteres.
Figura 10 - Fórmulas moleculares dos Xilenos e Pontos de Ebulição e Fusão. Fonte: academic.scranton.edu
h. Polietileno e PTA
1. Polietileno
O polietileno (ou polieteno, de acordo com a denominação oficial da IUPAC) é quimicamente o polímero mais simples. É representado pela cadeia: (CH2-CH2)n. Devido à sua alta produção mundial, é também o mais barato, sendo um dos tipos de plástico mais comum. É quimicamente inerte. Obtém-se pela polimerização do etileno (de fórmula química CH2=CH2, e chamado de eteno pela IUPAC), de que deriva seu nome.
2. PTA
Também através de processos químicos, o paraxileno se transforma em outros dois tipos de subprodutos, onde seguindo a ordem de grandesa, são os subprodutos de 2ª geração, onde um deles é o PTA, que esse por sua vez, trata-se de um Ácido Tereftálico Purificado, que serve como insumo para a produção de resinas PET, que também são denominados subprodutos de 2ª geração.
Figura 11 - PTA (Ácido Tereftálico Purificado). Fonte: spanish.alibaba.com
i. PET
O PET - Polietileno tereftalato, ou Poli(Tereftalato de Etileno) - é um poliéster, polímero termoplástico. PET é o melhor e mais resistente plástico para fabricação de garrafas, frascos e embalagens para refrigerantes, águas, sucos, óleos comestíveis, medicamentos, cosméticos, produtos de higiene e limpeza, destilados, isotônicos, cervejas, entre vários outros, como embalagens termoformadas, chapas e cabos para escova de dente. O PET proporciona alta resistência mecânica (impacto) e química, suportando o contato com agentes agressivos. Possui excelente barreira para gases e odores. Por isso é capaz de conter os mais diversos produtos com total higiene e segurança – para o produto e para o consumidor. O PET é um subproduto também da ordem de grandeza de 2ª geração, Oriundo da junção e transformação entre um Ácido Tereftálico Purificado, o PTA, mais a adição de um Álcool, o Álcool Monetilenoglicol, o MEG. O PET é produzido por meio de uma reação de polimerização desses dois monômeros - etilenoglicol e o tereftalato de dimetila. Os polímeros são compostos constituídos por unidades repetitivas. As unidades monoméricas são ligadas umas às outras em uma reação de polimerização para formar o oligômero, constituído de muitas unidades.
Figura 12 - Fórmulas moleculares do PET (Polietileno Tereftalato). Fonte: academic.scranton.edu
Figura 13 - Resina PET (chip). Fonte: enka.com.co; sfiec.org.br
j. Distribuição
Na distribuição são utilizados 05 tipos de modais, para o transporte do petróleo e seus derivados.
1. Dutoviário
Tipo de modal que utiliza dutos ou tubulações para o transporte de grandes quantidades de petróleo e derivados.
Figura 14 - Dutovias. Fonte: petrobras.com.br
2. Rodoviário
O Transporte de derivados do petróleo por esse modal é realizado através de caminhões-tanque. Alguns apresentam tanques segmentados, possibilitando o transporte de mais de um tipo de produto.
Figura 15 - Caminhão tanque de transporte de combustíveis, e de cargas para transportes de polímero PET (Chip). Fonte: petrobras.com.br; jornale.com.br; caminhoes-e-carretas.blogspot.com
3. Ferroviário
Esse tipo de modal representa uma alternativa econômica para o deslocamento de grandes volumes de petróleo e seus derivados (cerca de 30% de economia se comparado ao modal rodoviário).
Figura 16 - Vagões Tanque para transporte de combustíveis. Fonte: petrobras.com. br
Figura 17 - Vagões de cargas para polímero PET (chip). Fonte: infologis.blogspot.com
4. Hidroviário
Compreende o transporte que utiliza o meio aquático, quer seja marítimo ou fluvial. Ao contrário do que ocorrem com os outros modais, as operações de carga e descarga no modal hidroviário são muito mais complexas, exigindo muitas vezes a utilização de equipamentos sofisticados.
Figura 18 - Navios tanque de transporte de combustíveis líquidos (Petroleiros), e navios cargas para transporte de polímero PET. Fonte: petrobras.com.br; abraciva.com.br
5. Aéreo
O transporte aéreo é o modal de transportes que consiste em transportar combustíveis (derivados de petróleo) ou mercadorias (cargas) através de aeronaves.
Figura 19 - Aeronaves de cargas/combustíveis (FAB - Força Aérea Brasileira). Fonte: moraisvinna.blogspot.com; armamentodecombate.blogspot.com
Figura 20 - Aeronaves de cargas (parte externa e interna). Fonte: voarnews.blogspot.com; dicasdevoo.blogspot.com
No Brasil, o transporte aéreo é regulamentado pelo Governo Federal, através do Ministério da Defesa, com o auxílio dos seguintes órgãos:
E consequentemente, devido a algumas normas terem que ser seguidas, o transporte dos derivados combustíveis é totalmente restrito a Unidade da FAB, a SERIPA II – Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos da Região Nordeste do País, devido os mesmos serem inflamáveis, e consequentemente oferecerem grandes riscos de acidentes e explosões.
k. Comercialização
Os hidrocarbonetos após passarem por processos químicos de transformações, ora seja por craqueamento, reforma catalítica ou alquilação, nas refinarias, e se transformar nas frações desejadas de naftas, as mesmas são comercializados para as Indústrias Petroquímicas, nas quais elas servem como base de seu produto principal, onde consequentemente geram os seus subprodutos de 1ª, 2ª e 3ª geração.
Figura 21 - Plantas de Indústrias Petroquímicas, onde normalmente, todas operam em regime de 24 horas. Fonte: casanovagom.blogspot.com ; msinstrumentos.com.br
Figura 22 - Planta de Indústria Petroquímica. Fonte: deq.ufc.br
l. Consumo
Esse derivado de petróleo é utilizado principalmente como matéria-prima nas Indústrias Petroquímicas (“nafta petroquímica”) na produção de eteno e propeno, além de outros subprodutos da 1ª geração, como benzeno, tolueno e xilenos. Através de suas transformações (subprodutos), a nafta também serve como matéria-prima de inúmeros outros tipos de subprodutos (2ª e 3ª geração), tais como: na indústria automobilística, em gabinetes de produtos eletrodomésticos, sacaria para fertilizantes, sementes, cimento, copos e pratos descartáveis, plásticos, fibras acrílicas, nylon, embalagens descartáveis, Resinas PET e etc. E um dos subprodutos da 2ª geração, o PTA, é consumido exclusivamente por Indústrias Químicas, do segmento PET.
1.3 Petroquímica no Mundo
Uma história de evolução contínua.
a. O Surgimento
A petroquímica surgiu nos Estados Unidos da América, em 1920, quando a Standard Oil e a Union Carbide fabricaram isopropanol e glicol. Desenvolveu-se durante a Segunda Guerra Mundial, com a demanda de produtos estratégicos (como tolueno e glicerina para explosivos).
b. Período Pós-Guerra
No período de 1940 e 1950, os EUA duplicaram sua produção. No pós-guerra, a Europa começou a usar nafta como matéria-prima petroquímica, substituindo subprodutos do carvão. Desde então, a petroquímica européia tem tido grande impulso.
c. O Japão
No Japão, a petroquímica começou em 1955, mas em 1970 o país já era o segundo produtor do mundo. O crescimento foi atribuído ao estímulo à produção de petroquímicos básicos e aos seus preços competitivos no mercado internacional.
1.4 Petroquímica no Brasil
a. A História
A história da petroquímica no Brasil começa no início dos anos 50, quando um novo produto passou a ter uma demanda intensiva no Brasil: o plástico. Em meio ao clima desenvolvimentista e modernizador do período, o consumo crescia rapidamente, sinalizando a necessidade de estabelecer uma indústria nacional capaz de atendê-lo. Até então, o país supria suas necessidades com importações.
b. As Fases
A indústria petroquímica brasileira apresenta quatro fases de desenvolvimento.
1. Primeira Fase
A primeira estendesse desde o final da década de 1940 até 1964, com pequenas fábricas sendo implantadas por empresas privadas, quase sempre subsidiárias de multinacionais, e foram lançados os primeiros empreendimentos estatais.
2. Segunda Fase
A segunda fase, de 1965 a meados da década de 70, ocorreu após as definições políticas e legislativas tomadas pelo governo federal entre 1965 (com a instalação do Grupo Executivo da Indústria Química/Geiquim) e 1967 (criação da Petroquisa, subsidiária da Petrobras para a indústria petroquímica). Durante os anos 1970, foram construídos no país o Pólo Petroquímico de São Paulo (1972), o Pólo de Camaçari (BA, 1978), e logo em seguida, já na década de 80, o Pólo de Triunfo (RS, 1982).
3. Terceira Fase
A fase seguinte, que pode ser situada entre meados da década de 70 e o ano de 1990, foram marcados por extraordinária expansão e descentralização da indústria. Durante esse período, construíram-se, num único decênio, os pólos de Camaçari (BA) e Triunfo (RS), implantados respectivamente em 1978 e 1982, e ainda foram ampliadas, no final do período, as capacidades de todos os pólos.
4. Quarta Fase
Finalmente, desde 1990, vem transcorrendo a fase de reestruturação como um todo, por via de privatizações, aquisições, parcerias, fusões etc., para iniciar um novo período de expansão. Nesse período, com a inclusão das empresas do sistema Petroquisa no Programa Nacional de Desestatização do governo de Fernando Collor de Melo, e a partir do ano 2000, o setor petroquímico brasileiro passa a enfrentar sérios problemas com os preços de mercado e a eliminação dos subsídios à nafta, seu principal insumo. A abrupta abertura comercial e o encolhimento das proteções tarifárias não favoreceram novos investimentos na indústria petroquímica, cujo crescimento praticamente estagnou, como indica o pequeno crescimento do setor, de apenas 9% entre 1990 e 1997, se comparado a um aumento do PIB em torno de 21% nesta fase economicamente turbulenta do país.
c. A Braskem
É a maior produtora de resinas termoplásticas das Américas. Com 31 plantas industriais distribuídas pelo Brasil e Estados Unidos, a empresa produz anualmente mais de 15 milhões de toneladas de resinas termoplásticas e outros produtos petroquímicos. É controlada pelo grupo baiano Odebrecht.
1.5 Petroquímica em Pernambuco
a. PetroquímicaSuape, um gigantesco empreendimento
O consumo crescente de poliéster no Brasil foi determinante na identificação da oportunidade de estruturar uma cadeia nacional de poliéster que viesse substituir o aumento da importação de matéria-prima para os segmentos têxtil, de fibras industriais e de embalagens PET. Isso significa investimento com retorno para o país, com uma economia de divisas superior a 1 bilhão de dólares por ano.14 A PetroquímicaSuape vai contar com tecnologia de vanguarda, escala de produção, integração das plantas industriais e estará alinhada com o padrão internacional de competitividade, rentabilidade e de responsabilidade socioambiental. O projeto foi priorizado no plano estratégico da Petrobras e esta incluso no PAC.
b. Localização estratégica e logística eficaz
PetroquímicaSuape, que é o Pólo Integrado de Poliéster, que é desde então o nome mais importante da América Latina, que está sendo implantado e instalado aqui mesmo no Estado de Pernambuco, mais precisamente no Complexo Industrial Portuário de Suape/Ipojuca, que foi escolhido para implantação do mesmo, o PIP (Pólo Integrado de Poliéster), devido à posição geográfica e condições de infraestrutura, oferecendo facilidades para receber matéria-prima e escoar produtos (modais dutoviário, rodoviário, ferroviário e marítimo) que o Complexo oferece. A integração das plantas proporcionará redução nos custos de operação e transporte, diminuição nos gastos de embalagens e otimização de estoques entre as unidades fabris. A área industrial, onde se localiza a PetroquímicaSuape, conta com infraestrutura de energia elétrica, gás, óleo combustível, água e telecomunicações. Não tem ocupação habitacional e está dedicada a empreendimentos petroquímicos.
c. Em 2011, começou a operação
São mais de 4,9 bilhões de reais de investimento, com geração de mais de 8 mil empregos na fase de construção e 1.800 empregos durante a operação, que teve início no 2º semestre de 2011. Essas três unidades têm capacidade de produção que equivale às maiores indústrias, de cada segmento, em todo o mundo. Quando a PetroquímicaSuape iniciou as suas operações, os clientes começaram a ter garantia de fornecimento regular e tranqüilidade para cumprir a programação de suas indústrias, sem sofrer com as incertezas de fornecimento do exterior.
d. Integração das Unidades Petroquímicas
As plantas que estarão sendo integradas são: uma Unidade de PTA (Ácido Tereftálico Purificado); uma Unidade de Polímeros e Filamentos Poliéster; uma Unidade de PET (Polietileno Tereftalato).
1. Unidade de PTA
A Unidade de PTA (Ácido Tereftálico Purificado) irá produzir 700 mil t/ano. O PTA é a principal matéria-prima para a produção do poliéster têxtil, embalagens (garrafas e filmes), filmes fotográficos e fibras industriais usadas na fabricação de pneus, materiais e equipamentos para os setores elétrico, automotivo e da indústria do petróleo.
2. Unidade de Polímeros e Filamentos de Poliéster
A Unidade de Polímeros e Filamentos de Poliéster terá capacidade para produzir 240 mil t/ano entre polímeros e filamentos (FDY, DTY e POY) de poliéster. A tecnologia, a escala e a integração desta planta colocarão a indústria têxtil brasileira em condições de competir com os produtos importados.
3. Unidade de PET
A Unidade de PET (Polietileno Tereftalato), com escala mundial e tecnologia de ponta, irá produzir 450 mil t/ano de resina destinada à fabricação de embalagens plásticas, num mercado com taxa de crescimento. Atualmente, cerca de 55% do PET consumido no Brasil é viável no processo de reciclagem ou é reciclado.
e. PetroquímicaSuape, grande projeto, grandes parceiros
Empresas de porte e qualificação nacional e internacional estão envolvidas em cada etapa do projeto da PetroquímicaSuape, disponibilizando seus conhecimentos tecnológicos e a expertise dos seus colaboradores. Entre os parceiros do empreendimento estão as maiores empresas do Brasil e do mundo fornecedores de tecnologia, equipamentos, engenharia, construção e suporte técnico. Conta também com a parceria da maior produtora de poliéster do mundo para a integração da Unidade de Polímeros e Filamentos Poliéster.
f. Um Projeto de Desenvolvimento Econômico e Socioambiental
A PetroquímicaSuape priorizou seu investimento social em projetos e iniciativas que promovam o desenvolvimento local sustentável, focado em três eixos de atuação: educação orientada para a capacitação profissional, geração de trabalho e renda, e educação e ações ambientais.
1. Educação Orientada para a Capacitação Profissional
Será construída a Escola Técnica Senai-Ipojuca – Centro de Formação Profissional Horácio Lugon, em parceria com a PetroquímicaSuape, Município de Ipojuca e o Senai/PE. A unidade será a primeira do país, especializada na formação de pessoal para o segmento de fibras sintéticas, como o poliéster, e capacitarão técnicos para todos os elos da cadeia têxtil: indústrias de fios, malharias, tecelagens, confecções e moda.
2. Geração de Trabalho e Renda
Desde a sua concepção, o projeto tem como prioridade a contratação de mão de obra e fornecedores locais para gerar emprego e renda para Pernambuco. Serão mais de 10 mil pessoas empregadas na construção e 1.800 postos de trabalho, quando estiver em plena operação. Além disso, há projetos como a construção do Centro de Qualificação em Segurança do Trabalho, em parceria com o Instituto Federal de Educação Tecnológica (IFPE), o Centro de Inclusão Digital e Profissional e a reconstrução e reinstalação do Centro Social Urbano da Imbiribeira (CSU), com o Governo do Estado, entre outros parceiros, para promover ações de geração de trabalho e renda, atividades educacionais, sociais, esportivas e culturais.
3. Educação e Ações Ambientais
Será criada uma rede de coleta, processamento e reciclagem de embalagens PET, em parceria com universidades e com suporte tecnológico da Petrobras, dentro da concepção da logística reversa.
1.6 A História do Plástico
Tudo começou por volta de 1860 quando o inglês Alexandre Pakers iniciou seus estudos com o nitrato de celulosa, um tipo de resina que ganhou o nome de "Parkesina". O material era utilizado em estado sólido e tinha como características principais flexibilidade, resistência a água, cor opaca e fácil pintura. Em 1862, ocasião da Exposição Internacional de Londres, Pakers apresentou as primeiras amostras do que podemos considerar o antecessor da matéria-plástica, ponto central de uma grande família de polímeros que nos dias de hoje contém centenas de componentes. No mesmo ano, o tipógrafo americano John Wesle Hyatt (1837 - 1920) soube de um concurso em Albany, no estado de Nova York (EUA), lançado pela empresa Phelan and Collander, que produzia bolas de bilhar.
Alexander Parkes que em 1862 descobriu um material orgânico derivado da celulose, chamada de parkesina em referência ao seu descobridor, que quando aquecido podia ser moldado e permanecia desta forma quando esfriava. A necessidade de substítuir a borracha que até então era a matéria prima de muitos produtos fez com que a parkesina fosse descoberta, mas o seu custo elevado de produção desestimulou os investidores.
Figura 23 - Alexander Parkes
Hyatt obteve sucesso em 1870, aperfeiçoando a celulóide - uma versão comercial do nitrato de celulosa com adição de piroxilina, cânfora, álcool, polpa de papel e serragem. Nasceu, então, a primeira matéria plástica artificial. Neste mesmo ano foi inaugurada a primeira fábrica da nova matéria-prima, batizada de Albany Dental Plate Company, nome que provém do fato da celulóide ter sido utilizada primeiramente por dentistas.
Figura 24 - John Wesle Hyatt
Três anos mais tarde (1872), a Dental Plate Company mudou para Celluloid Manufacturing Company. Em 1920, Hermann Staudinger iniciou seus estudos teóricos de estrutura e propriedade dos polímeros naturais (celulosa e isoprene) e sintéticos. Staudinger mostrou que os polímeros são constituídos de moléculas em forma de longas cadeias formadas a partir de moléculas menores, por meio da polimerização. Anteriormente, se acreditava que os plásticos eram compostos de anéis de moléculas ligados. Porém, as teorias de Staudinger não foram bem aceitas por todos os cientistas e a discussão continuou durante os anos 20.
Em 1920, Hermann Staudinger iniciou seus estudos teóricos de estrutura e propriedade dos polímeros naturais (celulosa e isoprene) e sintéticos. Ele descobriu que os polímeros são constituídos de moléculas em forma de longas cadeias formadas a partir de moléculas menores (monômeros), por meio da polimerização.
Figura 25 - Hermann Staudinger
Com a introdução do plástico no mercado mundial, novas demandas foram surgindo, como produtos descartáveis, artigos para o lazer, eletroeletrônicos entre outros. No setor de eletrodomésticos, por exemplo, a utilização do plástico está em constante crescimento e evolução. Nos dias de hoje, o plástico é considerado essencial para o progresso da humanidade. O aperfeiçoamento das tecnologias de transformação viaja na mesma intensidade da história dos polímeros.
a. A Origem
As principais fontes naturais dos plásticos são a celulose, extraída dos vegetais, o carbono e, sobretudo o petróleo, o gás natural e seus derivados.
b. A Evolução (para mostrar esta evolução acompanhe a cronologia abaixo):
1835 - Regnault apresenta o monômero de cloreto de vinil.
1838 - É descoberto o nitrato de celulose.
1839 - Charles Goodyear descobre o processo de vulcanização da borracha.
1865 - É descoberto o acetato de celulose.
1870 - Irmão Hyatt patenteiam a celulóide.
1884 - Hilaire Chardonnet inventa a primeira fibra sintética, a rayon de viscose.
1905 - Brandenburg inventa a celofane.
1909 - Leo Baekeland descobre a baquelita.
1922 - Hermann Staudinger sintetiza a borracha.
1928 - Ziegler começa a estudar a química orgânica, princípio da descoberta do PET e PP.
1929 - A empresa Dunlop cria a primeira borracha de espuma.
1931 - J. A Hansbeke desenvolve o neoprene.
1933 - Primeiros produtos injetados com Poliestireno.
1938 - Começa produção comercial de Poliestireno.
1938 - Roy Plunkett descobre o PTFE.
1939 - ICI patenteia a cloração do Polietileno.
1940 - O PMMA começa a ser utilizado na aviação.
1948 - George de Mestral inventa o Velcro.
1950 - O Poliestireno de alto impacto começa a ser produzido comercialmente.
1952 - Começa aparecer os primeiros produzidos fabricados em PVC.
1953 - O Polietileno de alta densidade começa a ser produzido comercialmente.
1954 - O PP começa a ser desenvolvido com o uso de catalisadores de Ziegler-Natta.
1958 - O Policarbonato começa a ser produzido.
1963 - Ziegler e Natta ganham o Prêmio Nobel de Química.
A partir de então, a evolução do plástico tomou o rumo das pesquisas de matérias plásticas feitas pelas grandes companhias, voltadas para as novas tecnologias de transformação em diversas áreas como a indústria espacial, utilização do plástico que jamais os percursores poderiam imaginar.
c. Monômeros e Polímeros
Os monomêros e os polímeros surgem através de alguns tipos de processos, onde nos quais destacamos dois: Esterificação e Polimerização.
1. Esterificação
É uma reação química reversível na qual um ácido carboxílico reage com um álcool produzindo éster e água.
2. Polimerização
Polimerização é o agrupamento repetitivo em seqüência da mesma molécula ou grupo molecular. O monoetileno glicol possui apenas um átomo capaz de estabelecer novas ligações. E no final desses processos, que acontecem em cadeia, se transforma a resina PET.
d. As Categorias
Quanto aos plásticos, classificam-se em duas categorias: os termoplásticos, que, sob pressão e calor, passam por uma transformação física, não sofrem mutação em sua estrutura química, e se tornam reversíveis, isto é, podem ser reaproveitados em novas moldagens; e termoestáveis ou termofixos, quando sofrem uma transformação química sob efeito de calor e pressão, tornam-se irreversíveis, não podendo ser reaproveitados. Pertencem à primeira categoria os derivados de celulose, PVC rígido e não rígido, polietileno de alta e baixa densidade, polipropileno, poliestireno, policarbonato, “nylon” e outros. E pertencem à categoria dos termoestáveis os plásticos fenólicos, uréicos, o poliéster e a melamina. Os artigos plásticos são produzidos em máquinas de injeção (armários, assentos sanitários, gaveteiros, garrafeiras), de extrusão (chapas, laminados, tubos), de sopro (frascos, brinquedos), de compressão (também assentos, pratos, xícaras), de calandragem (chapas planas transformadas em onduladas).
e. Constituição dos Plásticos
O mecanismo químico de formação dos plásticos recebe o nome de polimerização e consiste na construção de grandes cadeias de carbono, cheias de ramificações, nas moléculas de certas substâncias orgânicas. A molécula fundamental do polímero, o monômero, se repete um número elevado de vezes por meio de processos de condensação ou adição aplicados sobre o composto. Os polímeros de condensação são obtidos mediante a síntese de um conjunto de unidades moleculares, feita pela eliminação de unidades moleculares, como a água. O mecanismo de adição forma macromoléculas pela união sucessiva de unidades químicas. Para que ocorram os processos de polimerização é necessário que seja mantida uma temperatura elevada, o que, a princípio, se consegue graças ao caráter exotérmico das reações. Esse desprendimento do calor produzido pela dinâmica interna da própria reação alimenta transformações em cadeia que diminuem, geralmente de modo espontâneo e gradual, até cessar por completo. Em algumas ocasiões se faz necessário o uso de elementos estabilizadores que impeçam reações descontroladas e explosivas. Uma vez formados, os polímeros se mantêm unidos por forças de dispersão, débeis atrações elétricas entre as moléculas e o próprio emaranhado das ramificações moleculares.
f. Classificação e Usos
As numerosas substâncias plásticas existentes, naturais ou artificiais, são classificadas em dois grandes grupos, chamados de termoplásticos e termoestáveis devido a seu comportamento ante as variações de temperatura. Materiais termoplásticos. Os materiais termoplásticos são substâncias caracterizadas por sua propriedade de mudar de forma sob a ação do calor, o que permite seu tratamento e moldagem por meios mecânicos. Com o resfriamento, esses materiais recuperam sua consistência inicial. Entre eles estão os derivados da celulose, os polímeros de adição e os polímeros de condensação. Os derivados da celulose são obtidos mediante a adição de substâncias ácidas ou alcalinas à celulose vegetal ou sintetizada. O polietileno, as resinas acrílicas, o vinil, o poliestireno e os polímeros de formaldeído constituem as principais variedades de polímeros de adição com propriedades termoplásticas. O cloreto de polivinila tem um grande número de aplicações, da fabricação de roupas e brinquedos a isolantes elétricos e móveis. As resinas acrílicas são obtidas do ácido acrílico e entre elas sobressai o metilmetacrilato, substância altamente transparente utilizada nas janelas de aeronaves e cujo uso na fabricação de móveis e objetos decorativos se difundiu na década de 1970. Os poliestirenos aparecem em grande variedade e são em geral obtidos por meio da polimerização de uma resina de cor branca. Suas propriedades de dureza, transparência e brilho unidas ao alto poder como isolantes elétricos os transformaram num dos materiais mais úteis na fabricação de objetos por injeção em moldes. Já os formaldeídos polimerizados possuem elasticidade e alta resistência a impactos, sendo usados na indústria automotiva e na construção. Entre os polímeros de condensação se destacam os policarbonatos e as poliamidas, como o náilon, muitos usados na indústria têxtil. Diferentes tipos de náilon, obtidos por modificações externas no comprimento das moléculas, são usados também em máquinas.
g. Principais Tipos de Polímeros Plásticos
HIPS - Poliestireno Alto Impacto
GPPS - Poliestireno Cristal
PP – Polipropileno
PEAD - Polietileno de Alta Densidade
PEBD - Polietileno de Baixa Densidade
PET - Polietileno Tereftalato
PC – Policarbonato
PU – Poliuretano
PVC - Policloreto de Vinila
ABS - Acrinolitrina Butadieno Estireno.
h. Moldagem de Produtos Plásticos
Os plásticos são moldados através de alguns tipos de processos, tais como: Extrusão; Injeção; Pré-forma; Sopro; Rotomolagem; Fundição; Termoformagem e Laminação.
i. Tipos de plásticos e aplicações
Existem muitos tipos de plásticos. Os mais rígidos, os fininhos e fáceis de amassar, os transparentes, etc. São divididos em dois grupos de acordo com as suas características de fusão ou derretimento: termoplásticos e termorrígidos. Os termoplásticos são aqueles que amolecem ao serem aquecidos, podendo ser moldados, e quando resfriados ficam sólidos e tomam uma nova forma. Esse processo pode ser repetido várias vezes. Correspondem a 80% dos plásticos consumidos. Os termorrígidos ou termofixos são aqueles que não derretem e que apesar de não poderem ser mais moldados, podem ser pulverizados e aproveitados como carga ou serem incinerados para recuperação de energia.
Tabela 1 – Tipos de plásticos e suas aplicações.
Tipos |
Aplicações |
Termoplástico: |
|
1. PET - Polietileno Tereftalato |
Frascos de refrigerantes, produtos farmacêuticos, produtos de limpeza, mantas de impermeabilização e fibras têxteis. |
2. PEAD - Polietileno de Alta Densidade |
Embalagens para cosméticos, produtos químicos e de limpeza, tubos para líquidos e gás, tanques de combustível para veículos automotivos. |
3. PVC - Policloreto de Vinila |
Frascos de água mineral, tubos e conexões, calçados, encapamentos de cabos elétricos, equipamentos médico-cirúrgicos, esquadrias e revestimentos. |
4. PEDB - Polietileno de Baixa Densidade |
Embalagens de alimentos, sacos industriais, sacos para lixo, lonas agrícolas, filmes flexíveis para embalagens e rótulos de brinquedos. |
5. PP - Polipropileno |
Embalagens de massas e biscoitos, potes de margarina, seringas descartáveis, equipamentos médico-cirúrgicos, fibras e fios têxteis, utilidades domésticas, autopeças (pára-choques de carro). |
6. PS - Poliestireno |
Copos descartáveis, placas isolantes, aparelhos de som e tv, embalagens de alimentos, revestimento de geladeiras, material escolar. |
7. Outros |
Plásticos especiais e de engenharia, CDs, eletrodomésticos, corpos de computadores. |
Termorrígidos: PU - Poliuretanos, EVA - Poliacetato de Etileno Vinil, etc |
Solados de calçados, interruptores, peças industriais elétricas, peças para banheiro, pratos, travessas, cinzeiros, telefones e etc. |
Fonte: econocenter.com.br
1.7 A História do PET
O plástico PET foi descoberto no ano de 1928 nos laboratórios da DuPont, pela equipe do Dr. Carothers. Ele já havia desenvolvido o náilon 6.6, uma poliamida, e procurava novos polímeros para a produção de fibras, para substituir a seda. No início, um grande número de poliésteres com baixa massa molecular e sem nenhuma propriedade comercial foi desenvolvido. Com a continuidade da pesquisa foi possível à obtenção de polímeros que, quando solidificados, podiam ser estirados muitas vezes o seu comprimento e se tornavam transparentes, brilhantes e resistentes à tração.
a. A Evolução nos Anos 50, 60 e 70
Este poliéster, nos anos 50, foi utilizado na indústria têxtil da DuPont. O PET tornou-se disponível nos anos 60 como matéria-prima para a embalagem, sendo amplamente utilizado para o acondicionamento de alimentos. Em 1962, surgiu o primeiro poliéster pneumático utilizado pela Goodyear e só nos anos 70 o processo de injeção e sopro permitiu a introdução do PET na aplicação de garrafas, revolucionando o mercado de embalagens, principalmente o segmento de bebidas carbonatadas.
b. Alta Resistência Mecânica
O PET proporciona alta resistência mecânica (impacto) e química, além de ter excelente barreira para gases e odores. Devido a estas características Já citadas e o peso muito menor que das embalagens tradicionais, o PET mostrou ser o recipiente ideal para a indústria de bebidas em todo o mundo, reduzindo custos de transporte e produção.
c. A Chegada ao Brasil
O PET chegou ao Brasil em 1988 sendo utilizado primeiramente na indústria têxtil. Apenas a partir de 1993 passou a ter forte expressão no mercado de embalagens, notadamente para os refrigerantes, e hoje, o mesmo é uma de suas fontes de sustentação.
d. A Utilização do PET
Atualmente o PET está presente em vários produtos como frascos de refrigerantes, produtos farmacêuticos e de limpeza, mantas de impermeabilização, fibras têxteis, entre outras. Em termos econômicos, oferece ao consumidor um produto substancialmente mais barato, seguro e moderno. As embalagens PET são 100% recicláveis.
e. Ciclo de Vida do Produto
O ciclo de vida do produto é o conjunto de todas as etapas que o produto percorre. Estas vão desde a extração e processamento de matérias-primas adquiridas ou retiradas do meio-ambiente, passando por todo o seu processo produtivo, envolvendo fabricação, transporte e distribuição. Neste processo, pode-se considerar vida útil do produto, o uso, o reuso e a manutenção, até chegar ao seu destino final. Sendo que este pode ser o seu descarte na natureza ou à reciclagem, que a partir daí pode representar o retorno ao início do ciclo como matéria-prima para a produção de novos produtos. Tempo de decomposição médio de 500 anos, chegando a atingir tempo indeterminado.
f. Pernambuco em Destaque
Hoje Pernambuco se destaca entre os maiores produtores de resina PET no Brasil e também no mundo. Atualmente único Estado produtor da resina no país, tratando-se de resina virgem. A M&G Polímeros encontra-se instalada no Pólo de Suape, mas precisamente na cidade de Ipojuca, aqui mesmo no Estado de Pernambuco. Esta planta foi projetada para atender uma demanda produtiva de 450 mil toneladas/ano da resina PET.
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2 METODOLOGIA
A metodologia utilizada neste trabalho foi composta pela investigação de dados primários, a partir de entrevistas e documentos de domínio privado das organizações para apresentação da empresa e dos propósitos estudados, e de dados secundários (artigos, livros, revistas acadêmicas, etc.) para entender o contexto institucional e econômico do Polietileno Tereftalato – PET (antecedentes e prospecções). Os dados secundários foram levantados a partir das informações disponíveis nos site das organizações e de apresentações institucionais das empresas feitas para os públicos interessados.
A pesquisa sobre o mercado do polietileno tereftalato deu-se basicamente a partir de dados secundários, na sua grande maioria informações disponíveis nos sites de Empresas, Institutos, Órgãos, Revistas, Associações, tais como: A Petrobras; Braskem; PetroquímicaSuape; Gruppo Mossi & Ghisolfi; ANVISA; IPEA; BNDES; ABIQUIM; ABIPET; ABIPLAST; Revista Plástico Industrial; Revista Plástico em Revista; Revista Plástico Moderno; Alya Eco; Coca-Cola, conforme descrito no Apêndice A deste trabalho. E também em artigos, jornais, livros e publicações de estudiosos do tema, bastante conhecidos do público interessado.
No primeiro momento, foi feita uma revisão bibliográfica dos principais conceitos e teorias, o levantamento de dados secundários sobre o polietileno tereftalato, o histórico da sua formação, sua cadeia produtiva, sua estrutura organizacional, informações relevantes sobre o polietileno tereftalato ligados aos projetos PlantBottle e Bottle to bottle da Coca-Cola, que estão descritos nos Apêndices B e C, deste trabalho. A segunda etapa foi constituída de entrevistas semiestruturadas e não disfarçadas. Semiestruturadas, pois seu roteiro constou de perguntas abertas e outras questões oportunas que surgiram após a sua elaboração inicial e não disfarçadas porque o entrevistado teve conhecimento do objetivo da entrevista, conforme resumo no Apêndice D, deste trabalho.
Adicionalmente, inúmeras abordagens pessoalmente foram feitas há alguns dos integrantes da ABIPET no período da palestra (CENSO 2011, Edição Nordeste), ao Srº Auri Marçon, presidente da ABIPET, ao Srº Hermes Contesini, Porta voz da ABIPET, como também a Gerente Administrativa da FROMPET, a Srª Maria Botelho, propósitos esses ligados com a Cadeia Produtiva do PET, em específico a Reciclagem do PET.
O terceiro momento contemplou a análise crítica dos dados primários e secundários que foram coletados, como também foram coletados alguns dos tipos de amostras, tais como: PTA – Ácido Tereftalato Purificado, MEG – Monoetileno Glicol, Resina PET, Pigmentos, Pré-formas, Embalagens acabadas, (ciclo de transformação e produção do polietileno tereftalato). Em anexos os Próximos cursos do setor de plásticos, Próximas feiras relacionadas ao setor de plásticos e Próximos congressos do setor de plásticos em 2011. ANEXO A, B e C.
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3 RESULTADOS
3.1 Processos de Monômeros e Polímeros
A produção da resina PET, o Polietileno Tereftalato, conhecido pela sigla em inglês PET, é classificado quimicamente como um polímero poliéster termoplástico. O PET é produzido industrialmente por esterificação direta do ácido tereftálico purificado (PTA) com monoetileno glicol (MEG). Ou seja, esses dois elementos (PTA e MEG) são misturados, formando uma pasta que, durante o processo de fabricação, reagirão entre si, passando por cristalização e formando o PET como conhecemos: grãos brancos e opacos. A resina PET para embalagens rígidas é caracterizada por possuir uma viscosidade intrínseca (VI) maior do que a do PET para aplicações de filmes e fibras. A viscosidade intrínseca, comumente expressa em dl/g, é diretamente proporcional ao peso molecular. Na produção de resinas sintéticas entram compostos químicos, como o fenol, formaldeído, uréia, melamina, acetato de vinilo, etileno e outros, conhecidos como monômeros, isto é, são constituídos de moléculas simples. Toma-se um destes materiais monoméricos, ou uma seleção de dois ou mais deles, e faz-se com que as suas moléculas se combinem para formar moléculas maiores (macromoléculas), constituídas, portanto, de grande número de pequenas moléculas combinadas.
Figura 26 - Fluxograma da cadeia polimérica (resina PET). Fonte: SOARES, 2011.
Essa combinação de moléculas de monômeros é chamada de polimerização e as substâncias decorrentes de tal combinação são chamadas de polímeros. Portanto, polimerização – palavra muito encontrada nas publicações de nossos dias – é uma operação química em que as moléculas iguais ou os conjuntos de moléculas se ligam, formando cadeias compridas ou redes sem que sua estrutura molecular se altere. O produto destas ligações é uma nova substância com propriedades específicas, que podem ser fixadas de antemão. Abaixo vejamos um fluxograma da cadeia polimérica. Exemplifiquemos com o etileno. O etileno é um gás que se desprende da nafta, durante o processo de fracionamento, na indústria petroquímica. As moléculas do etileno se contentam com apenas seis átomos – dois de carbono e quatro de hidrogênio – o que lhes atribui um peso atômico de apenas 28. Com a polimerização, porém, as moléculas em miniatura do etileno se agigantam e se tornam macromoléculas, e o etileno, por sua vez, transforma-se em polietileno, material sólido, com um peso molecular de 60.000.
Figura 27 - Big Bag, são contentores flexíveis de volume grande, para acondicionamento e transporte de granulados (chip polímeros). Fonte: classiwebgratis.com.br; agrojuta.com.br; conflex.com.sapo.pt; rafitec.com.br
Os polímeros são à base de grande número de matérias plásticas. De uma forma geral, quanto maiores às moléculas dos polímeros, melhores as propriedades físicas dos plásticos que produzem. Citamos alguns monômeros e, dentro de parênteses, os polímeros que eles formam: fenol, formaldeído (resina de fenol formaldeído), uréia, formaldeído (resina de uréia formaldeído), acetato de vinilo (acetato de polivinilo), etileno (polietileno). Dessa forma, o polietileno é um polímero do etileno (gás extraído do petróleo).
a) Transformação Química
Molécula de PTA + molécula de MEG = PET (resina PET)
Figura 28 - Estrutura molecular do Polietileno Tereftalato (PET). Fonte: gruppomg.com.br
3.2 Resina PET
O PET é um subproduto de 2ª geração, Oriundo da junção e transformação entre um Ácido Tereftálico Purificado, o PTA, mais a adição de um Álcool, o Álcool Monetilenoglicol, o MEG. Onde através de vários tipos processos químicos, neles se destacam a Esterificação, Pré-polimerização e a Polimerização, onde por consequência gera a resina PET, ou o PET (Polietileno Tereftalato), propriamente dito.
Figura 29 - Resinas PET (Opacas e pigmentadas). Fonte: triplicecor.com.br; enka.com.co; fiec.org.br; colormatrix.com; gonpbeck.com.br; escadaedesenvolvimento.wordpress.com; plasticombustivel.wordpress.com
As Resinas PET são compostos orgânicos derivados de petróleo que passam do estado líquido para o solido através da polimerização. As Resinas Poliéster têm peso molecular bastante alto, como indicado pela etimologia das palavras do termo. Poli significa muitos, e Ester é uma reação química obtida da reação de um ácido mais álcool com liberação de uma molécula de água. Poliéster significa, portanto, muitos ésteres.
3.3 Ciclo de Transformação da Resina PET
Abaixo vejamos através de um desenho ilustrativo, alguns dos principais caminhos percorridos que envolvem parte do ciclo de transformação da cadeia da resina PET, tendo como base principal a fração do produto Nafta.
Figura 30 - Desenho ilustrativo referente ao ciclo de transformação da cadeia da resina PET. Fonte: SOARES, 2011.
Vejamos agora abaixo dois fluxogramas referentes à cadeia de transformação dos plásticos, que comprova que a BRASKEM através de um anúncio em 29 de dezembro de 2009 deixará realmente de produzir a resina PET. Base principal os produtos de paraxileno e eteno.
Figura 31 - Fluxograma de transformação da cadeia dos plásticos. Fonte: Revista plásticos em revista, 14ª Edição - 2009/2010, pag. 21.
Figura 32 - Fluxograma de transformação da cadeia dos plásticos. Fonte: Revista plásticos em revista, 14ª Edição - 2009/2010, pag. 22.
3.4 Capacidade Produtiva da Resina PET no Brasil entre o Período de 2000 a 2013 (k/ton)
Conforme, mostra o gráfico abaixo, (figura 33), a capacidade de produtiva da resina PET no Brasil, obteve entre os anos 2000 e 2006, uma média de 290 mil toneladas/ano. No ano seguinte, o de 2007, manteve-se uma média produtiva de 343 mil toneladas/ano, isso devido a uma planta da M&G Polímeros, que foi instalada em Pernambuco, com a sua capacidade produtiva de 450 mil toneladas/ano. Atualmente só a M&G produz o PET no Brasil, isso se tratando de resina virgem. A Planta de Suape foi lançada e inaugurada exatamente em 28 de fevereiro de 2007. Esse empreendimento foi um dos mais importantes do mundo na indústria do poliéster que colocou o Brasil na era da autossuficiência na resina PET. Isso também a transformou na maior fábrica de PET de reator único do mundo, ultrapassando aquela que até então era a unidade da M&G localizada em Altamira, na Cidade do México. Isso tornou Pernambuco autossuficiente na oferta do produto, tanto para o próprio Estado, como também para os demais estados do País. Já a partir do ano de 2009 obteve-se uma média produtiva em torno das 550 mil toneladas/ano, mesmo com a interrupção produtiva no segmento PET das Indústrias Braskem, Ledervin e a Vicunha Têxtil. Para os anos de 2011 a 2013, todos eles se encontram com os seus valores produtivos estimados*, conforme mostra o gráfico abaixo (gráfico 01).
Gráfico 01. Fonte: modificado de abipet.org.br. Elaboração: SOARES, 2011.
3.5 Produção da Resina PET no Brasil em 2007 (k/ton)
A produção de resina PET no Brasil em 2007 era em média de 720 toneladas/ano, conforme descrição no item supracitado, e demonstrado logo abaixo na tabela 2 e gráfico (figura 34), e entre as produtoras, destacava-se a M&G e a Braskem, devido suas maiores capacidades de produção.
Tabela 2.
Produção da Resina PET no Brasil em 2007 (k/ton) |
||
Indústrias |
Unidades/Estados |
Demanda (k/ton) |
M&G |
Ipojuca/PE |
617 |
Cabo de Santo Agostinho/PE |
||
Poços de Caldas/MG |
||
Braskem |
Pólo Camaçari/BA |
70 |
Ledervin |
Santo André/SP |
24 |
Osasco/SP |
||
Vicunha Têxtil |
Pólo Camaçari/BA |
9 |
Tootal Geral |
720 |
Fonte: Abiquim – Associação Brasileira da Indústria Química. Elaboração: SOARES, 2011.
Gráfico 02. Fonte: Abiquim – Associação Brasileira da Indústria Química. Elaboração: SOARES, 2011.
3.6 Produção da Resina PET no Brasil em 2010 (k/ton)
Hoje a capacidade total do Gruppo M&G, entre as suas unidades chega a 550 toneladas ano. Até meados de 2008, a M&G Fibras Brasil S.A e Braskem eram os dois maiores fabricantes nacionais da resina PET no país. A Braskem é a maior petroquímica da América Latina. A unidade M&G, localizada em Ipojuca, Pernambuco (Porto de Suape) é de classe mundial em todos os sentidos. O grupo italiano Mossi & Ghisolfi (M&G), controlador da M&G Fibras Brasil S.A, faturou cerca de US$ 2 bilhões, em 2004, dos quais cerca de 80% derivaram de operações envolvendo PET. No Brasil, a Braskem e a M&G produziam até 2006, somadas, cerca de 260 mil toneladas/ano de PET, chegando a alcançar em 2007 uma soma de 687 mil toneladas/ano, conforme mostram os dados acima (tabela 2), uma média de 343 mil toneladas/ano entre ambas. Além da produção das Indústrias Ledervin e Vicunha Têxtil, ambas em escalas bem menores. Em 29 de dezembro de 2008, houve o anuncio pela Braskem, que a mesma deixará de produzir a resina PET e consequentemente estaria também desativando a sua unidade de PET em Camaçari até nesse mesmo final de ano, 2008. A decisão resultou em uma provisão contábil (sem efeito caixa) de cerca de R$ 125 milhões. Segundo comunicado da empresa à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a medida não causaria nenhum tipo de demissão. Para garantir o fornecimento de resina PET a todos os seus clientes até pelo menos o mês de abril de 2009, a Braskem firmou um contrato com a M&G Polímeros Brasil S.A. A capacidade produtiva do PET – Polietileno Tereftalato, no país em 2010 passou a ficar apenas em poder do Gruppo M&G, isso se tratando de resina virgem, já que as unidades produtoras deste mesmo tipo de resina, a Braskem, Ledervin e Vicunha Têxtil deixará de atuar na produção desse tipo de segmento, a resina PET. Logo então vejamos abaixo na tabela 3 e gráfico (Gráfico 03) como ficou essa nova configuração.
Tabela 3.
Produção de Resina PET no Brasil em 2010 (k/ton) |
||
Indústria |
Unidades/Estados |
Demanda |
M&G |
Ipojuca/PE |
550 |
Cabo de Santo Agostinho/PE |
0 |
|
Poços de Caldas/PE |
0 |
|
Total Geral |
|
550 |
Fonte: Abipet; Abiplast; M&G Polímeros. Elaboração: SOARES, 2011.
Gráfico 03. Fonte: Abipet; Abiplast; Gruppo M&G. Elaboração: SOARES, 2011.
3.7 Balança Comercial da Indústria Petroquímica no Brasil
Os dados abaixo na tabela 4, mostram a balança comercial das Indústrias Petroquímicas no Brasil, entre os anos de 2002 e janeiro a agosto de 2010, dados dos órgãos ABDI – Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social & Ministério da Fazenda.
Tabela 4.
Balança Comercial da Indústria Petroquímica no Brasil - US$ |
|||
Período/ano |
Exportações/US$ |
Importações/US$ |
Balança Comercial |
2002 |
4,8 |
12,6 |
-7,8 |
2003 |
5,9 |
13,3 |
-7,4 |
2004 |
7,1 |
17,3 |
-10,2 |
2005 |
9,5 |
18,6 |
-9,1 |
2006 |
11,2 |
22,2 |
-10,9 |
2007 |
13,4 |
30,7 |
-17,3 |
2008 |
15,0 |
47,2 |
-32,3 |
2009 |
12,1 |
31,5 |
-19,4 |
jan a ago/2010 |
8 |
24,7 |
-16,7 |
Fonte: SECEX/MDIC-FUCEX. Elaboração: SOARES, 2011.
Conforme demonstram todos os dados acima (tabela 4), em todos os períodos houve déficit, ou seja, o saldo da balança comercial foi negativo, desfavorável, isso porque tivemos que importar mais do que exportar. Vejamos todos esses valores também no gráfico abaixo (gráfico 04).
Gráfico 04. Valores em Bilhões US$ Fonte: SECEX/MDIC-FUCEX. Elaboração: SOARES, 2011.
3.8 Investimentos no Brasil - Balanço entre Oferta e Demanda
A demanda por produtos petroquímicos apresenta forte correlação com o ritmo de crescimento da economia como um todo, com as 156 projeções de expansão tomando por base as expectativas de crescimento do PIB. Na tabela 5 abaixo, estão descritas as estimativas de crescimento da demanda das principais resinas termoplásticas até 2012, realizadas pela Abiquim/Coplast para o Fórum de Competitividade da Cadeia do Plástico, com base no crescimento do PIB de 3,5% em 2004 (bem abaixo do realizado de 5,2%), 4,0% em 2005 (bastante superior aos 2,3% registrados), 4,5% em 2006 (compatível com a previsão inicial do governo) e 5,0% ao ano de 2007 a 2012.
Tabela 5.
Projeção de Demanda - Principais Resinas Termoplásticas (k/ton) |
|||||||
Resinas |
2006 |
2007 |
2008 |
2009 |
2010 |
2011 |
2012 |
PEAD |
847 |
959 |
1086 |
1230 |
1393 |
1577 |
1786 |
PEBD |
645 |
699 |
756 |
819 |
887 |
961 |
1040 |
PEBDL |
466 |
544 |
636 |
743 |
868 |
1014 |
1184 |
PP |
1348 |
1555 |
1795 |
2071 |
2390 |
2758 |
3183 |
PET |
582 |
677 |
787 |
915 |
1065 |
1239 |
1441 |
PVC |
776 |
867 |
968 |
1081 |
1207 |
1348 |
1506 |
PS |
336 |
368 |
403 |
441 |
483 |
528 |
578 |
Fonte: BNDES. Elaboração: SOARES, 2011.
Gráfico 05. Fonte: BNDES. Elaboração: SOARES, 2011.
3.9 Indicadores nas Indústrias Petroquímicas do Brasil
Abaixo vejamos alguns dos mais importantes tipos de indicadores nas Indústrias Petroquímicas no Brasil, dentre os períodos de 2002 a 2010, tais como:
a) Participação da indústria Petroquímica no Valor da Transformação Industrial (%);
b) Participação da indústria Petroquímica nas exportações brasileiras (%);
c) Investimento total da indústria petroquímica no Brasil – Bilhões R$.
Gráfico 06. Fonte: modificado de PIA/IBGE. Elaboração: SOARES, 2011.
Gráfico 07. Fonte: modificado de PIA/IBGE. Elaboração: SOARES, 2011.
Gráfico 08. Fonte: modificado de PIA/IBGE. Elaboração: SOARES, 2011.
3.10 Situação mundial do Setor Químico Industrial em 2010
Em 2010, a indústria química brasileira ocupava a sétima posição mundial, com participação de 2,4% no PIB e cerca de 10,11% no produto da indústria de transformação, correspondendo ao quarto maior setor industrial brasileiro. O faturamento líquido da indústria química foi de R$ 316,0 bilhões, o que corresponde a US$ 130,0 bilhões, conforme mostra tabela 6 abaixo.
Tabela 6. Faturamento Líquido em 2010 nas Indústrias Químicas.
Ranking da Indústria Química Mundial - Faturamento Líquido em 2010 |
||
Posições |
Países |
US$ Bilhões |
1º |
China |
903 |
2º |
EUA |
720 |
3º |
Japão |
338 |
4º |
Alemanha |
229 |
5º |
Coréia |
139 |
6º |
França |
137 |
7º |
Brasil |
130 |
8º |
Índia |
125 |
9º |
Itália |
105 |
10º |
Reino unido |
94 |
Fonte: Abiquim. Elaboração: SOARES, 2011.
Gráfico 09. Valores em US$ bilhões. Fonte: Abiquim. Elaboração: SOARES, 2011.
3.11 Empregabilidade
Dentre os períodos dos anos de 2006 e janeiro a agosto de 2010, houve um aumento significativo em relação ao pessoal ocupado na indústria Petroquímica no Brasil, conforme demonstra o gráfico abaixo (Gráfico 10).
Gráfico 10. Fonte: modificado de PIA/IBGE.
Parte desse aumento na empregabilidade deu-se em função do lançamento do Pólo Petroquímico de Pernambuco (POY - produção de fios de poliéster, PET – polietileno tereftalato e PTA - ácido tereftálico purificado).
3.12 Produção da Resina PET em Pernambuco em 2010 (k/ton)
Com a construção da nova fabrica de resina PET da M&G, que fica localizada em Ipojuca, Pernambuco (Pólo Petroquímico de Suape), Pernambuco se tornou o maior produtor da resina PET no Brasil. Este empreendimento foi o mais importante do mundo na indústria do poliéster e colocou o Brasil também na era da auto-suficiência em resinas PET. Sua capacidade de produção era de 450 mil toneladas/ano, em 2007, quando lançada. Tempos depois a planta teve sua capacidade produtiva expandida, já em 2010 acumulava uma capacidade produtiva de 550 mil toneladas/ano. Com isso o Estado de Pernambuco consegue obter o posto de maior produtor e único da resina no país, com a sua produção de 550 mil toneladas/ano. A fábrica de Ipojuca, também se transformou na maior fábrica de PET de reator único do mundo. Vejamos esses dados abaixo na tabela 7 e gráfico (tab 7, gráf 11).
Tabela 7.
Produção de Resina PET no Brasil em 2010 (k/ton) |
||
Indústria |
Unidades/Estados |
Demanda |
M&G |
Ipojuca/PE |
550 |
Cabo de Santo Agostinho/PE |
0 |
|
Total Geral |
|
550 |
Fonte: Abiplast ; Gruppo M&G. Elaboração: SOARES, 2011.
Gráfico 11. Fonte: Abiplast; Gruppo M&G. Elaboração: SOARES, 2011.
3.13 Consumo do PET viabilizou Projeto em Pernambuco
Em 2010, o pólo petroquímico de Suape (PE), que esteve em estudo pela Braskem em parceira com a Petrobras, foi à grande aposta do mercado para impulsionar a oferta de resinas PET no país. A crescente demanda por garrafas PET no Brasil justifica os investimentos. No ano passado, as vendas de resina PET no país alcançaram 522 mil toneladas, um crescimento de 7,4% sobre o ano anterior, de acordo com levantamento da Associação Brasileira da Indústria PET (Abipet). Mas esse volume é pouco, se comparado com o mercado internacional.
3.14 Volumes de Vendas
A M&G Polímeros Brasil, subsidiária integral incorporada em agosto de 2007, obteve no 3T08 um volume de vendas de 85,1 mil toneladas em linha com o 2T08. A receita líquida foi de R$273,7 milhões contra R$268,2 milhões no 2T08, principalmente em função da desvalorização do real frente ao dólar norte americano. O EBITDA1 da M&G Polímeros Brasil no 3T08 foi positivo em R$24,1 milhões, apresentando um aumento de 111% em relação aos trimestres anteriores. A M&G Polímeros obteve resultado operacional antes das despesas financeiras positivo de R$13,4 milhões no 3T08 contra R$0,6 no 2T08, apresentando uma forte recuperação dos resultados operacionais. Todas as informações financeiras e resultados da M&G são trimestrais, a última atualização foi no 3T08. Vejamos esses dados abaixo nas tabelas 8 e 9, e no gráfico (Gráfico 12).
1 – EBITDA - Lucro bruto menos as despesas operacionais.
Tabela 8 – EBITDA.
R$ Milhões |
3T08 |
2T08 |
3T07 |
Volumes Totais (mil toneladas) |
85,1 |
88,6 |
94,8 |
Receita Líquida |
273,7 |
268,2 |
289,8 |
Res. Oper. Antes Desp. Fin. (EBITDA) |
13,4 |
0,6 |
1,6 |
Lucro (Prejuízo) Líquido |
-60,0 |
2,2 |
-1,2 |
EBITDA |
24,1 |
11,4 |
11,7 |
Fonte: M&G Polímeros. Elaboração: SOARES, 2011.
Tabela 9 – EBITDA.
R$ Milhões |
3T08 |
2T08 |
3T07 |
Lucro (Prejuízo) Líquido |
-60,0 |
2,2 |
-1,2 |
Resultado Financeiro |
69,0 |
-4,9 |
3,3 |
I.R. & C.S.L.L. corrente e diferido |
4,3 |
3,3 |
-0,6 |
Depreciação |
10,8 |
10,8 |
10,2 |
EBITDA |
24,1 |
11,4 |
11,7 |
Fonte: M&G Polímeros. Elaboração: SOARES, 2011.
Gráfico 12. EBITDA – Valores em milhões R$ por trimestre. Fonte: gruppomg.com.br. Elaboração: SOARES, 2011.
3.15 Desempenho Operacional da M&G
No segmento Resina PET as vendas do 3T08 foram de 85,2 mil toneladas, em linha com o 2T08. A receita líquida do segmento Resina PET no 3T08 foi de R$277,3 milhões no consolidado, aumento de 7% em relação ao 2T08. As vendas de Polímero, PTA e de produtos reciclados totalizaram 6,4 mil toneladas (6,7 mil toneladas no 2T08). A receita líquida desses produtos, adicionada às demais receitas de prestação de serviços, totalizou R$17,0 milhões no trimestre.
3.16 Principal Mercado que utiliza a Resina PET no Brasil
O principal mercado que utiliza a resina PET no Brasil, por meio de suas embalagens, as garrafas sopradas, é o mercado de refrigerante, conforme mostra o gráfico abaixo (Gráfico 13). Em 2009, as vendas de refrigerante no mercado interno atingiram o valor de R$ 22,29 bilhões (+6,37%). Para o ano de 2010, estimou-se que as vendas de refrigerante atingiriam R$ 26bilhões.
Gráfico 13. Fonte: modificado de abipet.org.br. Elaboração: SOARES, 2011.
a. Coca-Cola Lucra US$ 2 Bilhões e cresce 13% no País
A gigante global Coca-Cola comemora crescimento das vendas no terceiro trimestre deste ano. A companhia registrou aumento de 13% nas vendas no Brasil. O desempenho global da companhia alcançou 5%. Já na América Latina patamar de expansão foi de 4%. A companhia globalmente divulgou lucro de US$ 2,06 bilhões, nos três meses terminados em outubro, alta em relação ao resultado do igual período de 2009 de US$ 1,9 bilhão. A receita da empresa cresceu em 4,7%, para US$ 8,43 bilhões. Segundo a maior fabricante de refrigerantes do mundo, o Brasil é um dos maiores mercados da companhia, devendo crescer ainda mais com a expansão da renda dos brasileiros e com a previsão de ampliação da classe média. Em 2010, a Coca-Cola Brasil investe mais de R$ 2 bilhões e conta com 16 grupos fabricantes brasileiros, além do Sistema de Alimentos e Bebidas do Brasil (SABB).
1. Outro lado
Segundo o presidente da Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil (Afrebras), Fernando Rodrigues de Bairros, o País movimentou cerca de R$ 20 bilhões em volume de vendas de refrigerante. As pequenas e médias empresas representaram 20% do mercado nacional. A projeção da entidade, que representa 150 fabricantes nacionais de refrigerante, foi de 5% de crescimento para o ano (2010). "Precisamos de investimentos e descentralização do cenário atual do mercado", contesta Bairros.37
2. Vonpar e Norsa1 crescem
A receita bruta do terceiro trimestre da Vonpar Bebidas, franqueada da Coca-Cola e distribuidora da cervejaria Heineken Brasil no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, subiu 22,1% versus o terceiro trimestre de 2009, o que resultou em um crescimento de R$ 415 milhões no faturamento da empresa.
1 - Vonpar e Norsa - produtoras e distribuidoras dos produtos Coca-Cola no Brasil.
3.17 Arrecadação de Impostos
Em 2010, Pernambuco se consolidou na posição entre os estados que mais fez aumentar sua arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços. Segundo levantamento realizado pela Comissão Técnica Permanente do ICMS - Cotepe, órgão ligado ao Conselho Nacional de Política Fazendária - Confaz, o crescimento da arrecadação do tributo no Estado chegou a 22,5% em comparação com o ano de 2009. Tal percentual colocou o Estado de Pernambuco entre os primeiros lugares no ranking que mais arrecadam no País. O ano de 2010 foi fechado com uma arrecadação recorde de R$ 8,4 bilhões.
3.18 Moldagem de Produtos Plásticos
Os produtos plásticos podem ser moldados em vários processos fabris, sendo: Processos mecânicos de moldagem, onde as diversas resinas poliméricas em formato de grânulos, matéria-prima, depois de aquecidas podem ser processadas pelos métodos de:
a. Extrusão
A matéria-prima amolecida é expulsa através de uma matriz instalada no equipamento denominado extrusora, produzindo um produto que conserva a sua forma ao longo de sua extensão.
b. Injeção
A matéria-prima amolecida pelo calor e sob pressão é injetada através de pequenos orifícios do molde, modelo do produto a ser fabricado, instalado num equipamento denominado injetora. O produto, depois de resfriado suficiente para manter a forma e medidas necessárias, é extraído do molde. Abaixo vejamos um perfil esquemático da cadeia de transformação da pré-forma.
Figura 33 - Perfil esquemático – Cadeia da pré-forma. Fonte: modificado de vanderbsolidworks.blogspot.com
1. Modelos de Máquinas Injetoras
Abaixo vejamos alguns dos tipos de Máquinas Injetoras das mais modernas e sofisticadas disponíveis no mercado do Brasil. A ROMI, Fundada em 1930, é uma empresa de renome internacional, cujos produtos e serviços são consumidos tanto no mercado nacional quanto no mercado externo, exportados para todos os continentes. Um dos maiores fabricante do Brasil de máquinas injetoras e sopradoras para termoplástico.
Figura 34 - Máquinas Injetoras. Fonte: Revista Plástico Industrial, Editora Aranda, Ano 13, Nº 146, Outubro 2010.
Figura 35 - Máquina Injetora – SSF250. Fonte: portuguese.smallinjectionmachine.com
Acima vemos a máquina Injetora de Plástico - SSF250, fabricada pela Shuangsheng, na qual possui sua planta plástica situada na zona Center de Ningbo Yinzhou, Japão, cobrindo uma área de 6.000m2. A companhia Shuangsheng esforça-se desde o seu estabelecimento, para encontrar e aliar a satisfação dos seus clientes (customers'satisfaction) com tecnologia avançada, fabricação elevado-eficiente e garantia de qualidade perfeita.
As séries auto-projetadas dos SS e das séries de SSF meio e as máquinas plásticas pequenas que consideram a economia de energia, a confiabilidade e a segurança elevadas assim como o grau automático elevado são completamente aplicáveis para a injeção e o molde das peças sobresselentes que chamam para a elevada precisão. Abaixo a DEB’MAQ uma das principais expositoras da 13ª edição da Brasilplast - Feira Internacional da Indústria do Plástico, período de 09 a 13 de maio deste ano. Evento que reuniu cerca de 1300 empresas do setor, a DEB’MAQ trouxe para seu estande o que há de mais atual em injetoras para termoplásticos, apresentando opções com diferenciais em tecnologia, desempenho e produtividade.
Figura 36 - Máquina Injetora, série ecológica, Platinum Plus (Spazio) 100SE. Fonte: Revista plásticos em revista, Edição 2011, pag. 91(DEB’MAQ)
Contando com um portfólio de 15 modelos, a Linha Platinum Plus, um dos destaques do estande, é reconhecida por aliar excelência tecnológica a um preço competitivo. Produtividade, baixo ruído, baixo consumo de energia e precisão são alguns de seus diferenciais. As injetoras desta linha ainda são extremamente práticas e funcionais, apresentando painéis de comando coloridos, com função touch screen. Outra atração do estande será a Linha SE - Ecológica, composta por injetoras que, além de alta performance, agregam o conceito de sustentabilidade à rotina industrial. Os modelos tornam possível a racionalização do consumo de energia elétrica, economizando até 35% em relação a outros modelos de mercado. “A tecnologia dessa nova série de máquinas converge para uma tendência mundial, que prima pelo desenvolvimento de forma sustentável, minimizando o impacto ambiental”, afirma o gerente de marketing e relações institucionais da DEB’MAQ, Mauro Trevisan. Além de proporcionar economia, a Linha SE - Ecológica também oferece potência e precisão, garantindo máxima performance.
2. Equipamentos do Sistema de Injeção
A PIOVAN do BRASIL é uma das líderes no mercado nacional na fabricação de equipamentos que fazem parte dos Sistemas de Injeção. Abaixo vejamos alguns dos principais e mais importantes equipamentos que fazem parte do Sistema de Injeção, onde todos são de extrema necessidade para a uma melhor produtividade e performance na produção de suas pré-formas.
Figura 37 - Equipamentos do Sistema de Injeção, PIOVAN do BRASIL. Fonte: Revista Plásticos Industrial. Editora Aranda, Ano 09, Nº 103, Março 2007.
i. Desumidificadores de Ar
TCAV para eliminação de condensação no molde. Possuem serpentina de água gelada, ventilador, resistência elétrica e comando remoto. TCAVR para eliminação de condensação no molde por refrigeração e aquecimento.
ii. Dosadores de Grãos
É um equipamento desenvolvido para permitir a mistura proporcional de diferentes produtos com alta precisão, em linha de produção. É baseado no uso de células de carga, que faz a dosagem por peso e não por volumes, garantindo assim a alta precisão, independente das variações de densidade do produto.
iii. Alimentadores
Monofásicos e trifásicos é o equipamento responsável pelo o transporte automático de grânulos para desumificadores, dosadores volumétricos e gravimétricos, e máquinas de processamento.
iv. Refrigeradores de Água x Ar
Este sistema pode ser utilizado como ótima opção para resfriamento do circuito hidráulico da injetora. Principio de funcionamento: A água que circula dentro da tubulação é resfriada pelo ar que é forçado a passar entre as aletas, dessa maneira a água não tem contato direto com o ar, evitando assim a incrustação de sujidade nos tubos e a evaporação da água.
v. Termorreguladores
São controladores de temperatura para molde de sopro ou injeção que trabalham em altas temperaturas. A precisão de temperatura é de 0,5°C e pode ser ajustada entre +5°C a +90°C no no modelo para água, ou ate 150°C no modelo para óleo térmico.
vi. Granuladores
Equipamento projetado para recuperação de peças defeituosas em circuito fechado, ao lado das máquinas de moldagem por injeção. Rotor com um diâmetro de 150 mm e comprimento variando de 150 milímetros a 375 mm, com várias facas escalonadas como tesoura, como ação de corte. Responsáveis pelos processamentos dos flakes ou triturados.
3. Moldes da Máquina Injeção
Os moldes de injeção são os responsáveis pelo formato da pré-forma, ou seja, eles são quem define o modelo ou perfil da pré-forma a ser produzida. São dois os tipos de moldes, os machos e as fêmeas, e que se encontram instalados dentro da área dos moldes, conforme mostra a figura 38, do perfil esquemático da cadeia da pré-forma (item 1).
Figura 38 - Molde macho e molde fêmea. Fonte: portuguese.alibaba.com
Conjuntos de moldes de injeção, machos e fêmeas, com quantidades variadas de cavidades. As quantidades de cavidades são um dos fatores principais para determinação de produtividade, e também pela qualidade direta dos produtos (pré-formas).
Figura 39 - Conjuntos de moldes de injeção (machos e fêmeas). Fonte: portuguese.alibaba.com
c. Pré-forma
É um processo conjugado de injeção e sopro. Desenvolvido para moldar a matéria-prima PET. A resina PET tem características muito peculiares, onde o produto pode ser moldado em dois processos distintos, sem comprometer suas características de resistência e transparência. A matéria-prima PET é injetada mantendo o formato de uma embalagem, sem nenhum ar internamente, denominado pré-forma.
Figura 40 - Pré-formas coloridas (pigmentadas) e translúcidas (opacas). Fonte: pet-preform-taiwan.com; ohlesma.blogspot.com; colormatrix.com; cacmartins.com.br
Quando aquecida no segundo processo, dentro do equipamento próprio e especial, o ar é soprado internamente tomando o formato do produto final. Este processo é para produtos de frascaria, usados em refrigerantes, água mineral. Possui alto índice de transparência e bom desempenho no envase de gaseificados.
1. Pigmentos
É o que dá cor a tudo o que é material. As folhas da plantas são verdes por terem clorofila; a terra tem cores diferentes em cada região por apresentar composição mineral diferente, e cada mineral tem um pigmento com a sua cor própria: o óxido de ferro pode ser amarelo ou vermelho; o de cobre é verde; o de manganês é castanho; o de cobalto é azul; etc.
Figura 41 - Pigmentos para resinas PET. Fonte: triplicecor.com.br; reformolar.com.br; bonivitta.com.br
Os homens primitivos descobriam as cores pela experiência. Encontramos os seus registros nas paredes das cavernas. Essas pinturas rupestres eram feitas com os mais variados tipos de pigmentos naturais: plantas, terra, carvão, e até o sangue dos animais que caçavam. Uma das principais responsáveis para desenvolvimentos destes tipos de pigmentação para resina é a CROMEX, uma das líderes no mercado brasileiro de concentrados de cor, com mais de 30 anos de experiência, que alia a competência, à qualidade dos produtos e ao reconhecimento dos clientes. A Cromex possui uma linha completa de cores e desenvolve cerca de 200 novas cores por mês para diversos tipos de resina. São mais de 10.000 cores catalogadas e disponíveis para o cliente com efeitos metalizados, policromáticos, fluorescentes, granitos, transparentes, etc.
d. Sopro
A matéria-prima amolecida pelo calor é expulsa através de uma matriz e ou fieira, formando uma mangueira quando o molde fecha sobre esta mangueira é introduzido uma agulha onde o ar é soprado, que força o material a ocupar as paredes ocas do molde, sendo moldada então a peça e após resfriamento extraída.
Figura 42 - Perfil esquemático – sequências do sopro. Fonte: modificado de vanderbsolidworks.blogspot.com
Figura 43 - Moldes para sopro de embalagens PET. Fonte: engarrafe.com.br; cidadesaopaulo.olx.com.br; multipetsopradoras.com.br
Figura 44 - Máquinas de Sopro. Fonte: portuguese.alibaba.com
Embalagens acabadas (pré-formas sopradas), após sofrerem o processo de sopro.
Figura 45 - Embalagens PET translúcidas (opacas) e pigmentadas (coloridas). Fonte: pet-preform-taiwan.com; jornaltemporeal.com; pet-bottles.ready-online.com; br.all.biz
Para utilização nos mais diversos mercados, onde se destaca o de bebidas carbonatadas, ou seja, o mercado de refrigerante.
e. Rotomolagem
A matéria-prima fluída e sob rotação modela os produtos. Este processo é muito utilizado nas resinas elastoméricas (emborrachado) para produzir cabeças de bonecas, peças ocas, câmeras de bola, grandes contenair, peças rígidas de alta complexidade na extração do molde.
f. Fundição
É um processo para baixa produção, quase sempre utilizado protótipos. Consiste em despejar a resina líquida adicionada a outras substâncias enrijecedotas dentro de um molde. Na fundição podem ser utilizadas tanto resinas termoplásticas como resinas termorrígidas, mesmo que termofixas, não é empregado aquecimento ou pressão. Este método é usado para a produção de brindes, pequenos adornos, dentre outros.
g. Termoformagem
Moldagem de produtos a partir do aquecimento de uma chapa de resina termoplástica, que introduzida no molde fixado em uma prensa e acionado molda o produto. A moldagem pode ser feita com a utilização de ar quente, o qual suga a chapa dentro da cavidade ou aquecimento do molde, moldando a chapa sem utilização de ar. Este processo é utilizado na maioria dos produtos de vasilhames descartáveis, como copos, pratos, etc.
h. Laminação
Este processo com superposição de materiais como papel, papelão, metais, previamente tratados com resina termoplástica, forma um “sanduíche” que é prensado com aquecimento, proporcionando a aderência total das camadas, resultando em produtos altamente resistentes. Havendo indicação técnica em ter as espessuras uniformes e ou dimensionalmente controladas utiliza-se o sistema de calandragem, ou seja, o estiramento por dois ou mais cilindros.
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4 PROSPECTIVA
a. RECICLAR É PRECISO?
Se o avanço vertiginoso das embalagens PET mudou radicalmente hábitos de consumo, também gerou desafios para a indústria e a sociedade, que buscam caminhos para tratar o volume de descarte gerado. As previsões de crescimento do mercado só tornam ainda mais imperiosa a necessidade de as sociedades se dedicarem à reciclagem. Atualmente, nos centros urbanos, cada indivíduo gera cerca de 1 quilo por dia de descartes sólidos. Embora o PET não seja o plástico mais produzido (representa apenas 7,5% dos plásticos, aproximadamente), são 100% reciclável. Reutilizá-lo traz inúmeros benefícios socioambientais, energéticos e econômicos. As taxas de reciclagem de PET no Brasil já superam a marca de 45% – um patamar que pode ser considerado excelente, levando-se em conta o tempo que o país iniciou essa atividade e a deficiente logística brasileira para resgatar materiais recicláveis. Mas há oportunidades para avançar mais, por exemplo, por meio do incremento dos sistemas de coleta seletiva.
b. As vantagens da reciclagem
Reciclar o PET traz vantagens para todos.
c. Você Sabia?
d. O processo da Reciclagem
Muito amigável em relação ao meio ambiente, o PET é de fácil reciclagem, mantendo elevadas características técnicas que garantem inúmeras aplicações em diferentes mercados. O PET pode ser reciclado de maneira mecânica, energética ou química. A reciclagem mecânica é a mais aplicável ao PET no Brasil. Trata-se de um processo mais simples, em relação à reciclagem química, permitindo razoável controle nas características e na qualidade do produto final, agregando adequado valor ao produto e à sociedade. A reciclagem mecânica consiste na conversão das embalagens em flakes ou grânulos que podem ser reutilizados na fabricação de novos produtos. Suas etapas básicas abrangem o sistema de coleta e triagem de garrafas, separação em função das cores e outros plásticos, moagem, lavagem e outras transformações termomecânicas de grau técnico mais elevado. Nesse processo, as características técnicas do PET são mantidas muito próximas dos níveis da resina original. Assim, o material reciclado permite obter embalagens não-alimentícias tão boas quanto às produzidas com PET virgem. Em resumo, o PET reciclado reúne todas as características que fazem dele um produto alinhado aos modernos conceitos de sustentabilidade: contribui para a preservação do meio ambiente e dos recursos naturais não-renováveis, gera renda para os setores mais carentes da sociedade, dinamiza a indústria e a economia e atende o consumidor com embalagens práticas e bonitas.
e. ALYA ECO, a fibra que já foi garrafa
As vantagens do PET reciclado têm sido exploradas em um número cada vez maior de aplicações. A própria M&G dá exemplo de que essa pode ser a matéria-prima de inovações que vão ao encontro dos desejos dos consumidores e agregam valor aos negócios. Prêmio ABIT de Inovação Tecnológica, a fibra Alya Eco, produzida pela M&G a partir do PET revalorizado na Recipet, vem conquistando o mundo da moda – dos uniformes profissionais às roupas do segmento fashion. Com 1,4 dtex, mais fina que a fibra de algodão, Alya Eco permite o desenvolvimento de tecidos e malhas em misturas com outras fibras, resultando em artigos duráveis, resistentes, confortáveis e de ótimo caimento. A esses atributos, Alya Eco soma um conceito cada vez mais valorizado pela sociedade moderna: o de responsabilidade socioambiental. Para um consumidor cada vez mais sensível à questão ambiental, vestir uma roupa com Alya Eco é uma forma simples e charmosa de defender a causa.
1. O Ciclo do PET, ALYA ECO
Figura 46 - O Ciclo do PET. Fonte: modificado de gruppomg.com.br
Acima vemos uma ilustração (figura 59), onde nela mostra todo o ciclo que o PET percorre até chegar ao produto acabado (camisa), desde sua origem principal, a resina virgem, passando pelas garrafas sopradas, reciclagem e transformação.25
f. Como a Garrafa se Transforma em Fibra?
A matéria-prima utilizada para a produção de Alya Eco é fornecida pela Recipet, a unidade de reciclagem da M&G instalada em Indaiatuba, com capacidade para processar cerca de 20 mil toneladas por ano de embalagens PET descartadas – garrafas usadas, em geral recolhidas por cooperativas de catadores, e material provindo de perdas da indústria de embalagens. Na Recipet, as embalagens são separadas por cores, lavadas e moídas, transformando-se em flakes (flocos) de poliéster. Esse é o material utilizado para a fabricação de Alya Eco, na unidade de Poços de Caldas.
g. Com quantas Garrafas se faz uma Roupa?
4.1 PROPOSTAS
Trabalhar em cima da reciclagem, consequentemente gerando novos empregos, empreendimentos, tecnologias, desenvolvimentos e etc, e consequentemente ainda ajudando a cuidar e preservar melhor o nosso meio ambiente. Sabemos que o aumento do consumo de alimentos industrializados vem gerando grande volume de embalagens descartadas, principalmente os de bebidas carbonatadas. As embalagens de PET – Polietileno Tereftalato especificamente representam grande volume e problema ambiental sob vários aspectos.
4.2 CONTRIBUIÇÕES
Cuidar e tratar bem melhor o nosso meio social, econômico e ambiental, através de incentivos nas tratativas bem melhores em nossas coletas seletivas e dirigidas dos nossos produtos PET usados e descartados, utilizando-se da metodologia “Reciclagem”. E consequentemente gerando novos empregos, oportunidades e sustentabilidade.
a. Coleta Seletiva
Quando se trata de reciclagem de embalagens PET, o Brasil fica apenas atrás do Japão. Em sua posição de segundo maior reciclador de PET do mundo, o país reaproveitou 51,3% das embalagens em 2006. Alguns municípios têm sistemas de coleta seletiva para os resíduos sólidos urbanos. Isto significa que o cidadão deveria ser orientado a separar seu lixo, acondicionando em recipientes diferentes – em dias diferentes também - o lixo orgânico dos recicláveis - o papel, o vidro, a lata, os plásticos e o PET. Esse material já separado pode então ser vendido, obtendo recursos que financiam todo o processo. Atualmente, o preço da garrafa pós-uso, prensada, está avaliado entre R$ mil e R$ 1,3 mil a tonelada, dependendo da região do país e da qualidade do material. Acredita-se que, com a nova demanda, este preço deva aumentar. A estratégia adotada por recicladores e a indústria consumidora de PET para obter material para reciclagem é por meio das cooperativas de catadores.
b. Coleta Dirigida
A alternativa para a coleta em municípios que não disponham da Coleta Seletiva é a denominada Coleta Dirigida, que nada mais é do que a conscientização da população local para a separação de determinados materiais recicláveis, entregando-a a pontos de coleta ou aguardando a data fixada para a coleta domiciliar. Essa modalidade de coleta ocorre das seguintes formas:
c. Reciclagem
Acontece em três etapas básicas: Recuperação; Revalorização e Transformação.
1. Recuperação – que se inicia no momento do descarte e termina com a confecção do fardo, que se torna sucata comercializável.
2. Revalorização – com início na compra da sucata em fardos e fim na produção de matéria-prima reciclada.
3. Transformação – final do processo completo de reciclagem, é a utilização da matéria-prima oriunda das garrafas de PET pós-consumo para a fabricação de inúmeros outros.
d. Benefícios da reciclagem do PET
A Reciclagem de PET colabora para preservação ambiental, mas não só: a atividade alcança plenamente os três pilares do desenvolvimento sustentável:
1. Benefícios Sociais
2. Benefícios Econômicos
3. Benefícios Ambientais
Nenhuma atividade pode ser próspera e perene sem que todas as variáveis que incidem sobre seus resultados sejam contempladas. A Reciclagem das embalagens de PET pós-consumo criou, em menos de 20 anos, todo um setor industrial. Essa indústria baseou-se, desde seu princípio, nas regras determinadas pelo próprio mercado: oferta e procura. Assim, ao criar e desenvolver aplicações para a matéria-prima resultante do processo de reciclagem das garrafas usadas, a Indústria do PET determinou uma forte demanda pela sucata.
1. Benefícios Sociais
No Brasil, ou em qualquer lugar do mundo onde a reciclagem do PET aconteça, a indústria têxtil é a maior usuária do insumo. Somente aqui, entretanto, a diversidade de usos permite que o valor pago pela sucata seja altamente atrativo o ano todo, o que mantém em atividade muitas empresas que comercializam o material, bem como inúmeras Cooperativas e seus catadores, permitindo que a rentabilidade destas permaneça em patamares aceitáveis – garantindo remuneração justa aos trabalhadores e a despeito da ausência de sistemas de coleta seletiva.
2. Benefícios Econômicos
A Indústria Recicladora do PET no Brasil é economicamente viável, sustentável e funcional. Basta citar que cerca de um terço do faturamento de toda a Indústria Brasileira do PET provém da reciclagem. Gera impostos, empregos, renda e todos os demais benefícios de uma indústria de base sólida. Seu crescimento anual constante, em média superior a 11% desde 2000, permite planejar novos investimentos – incrementados e incentivados pela criação de novos usos para o PET reciclado.
3. Benefícios Ambientais
A produção e uso das garrafas em si já trazem vários benefícios para o meio ambiente. Sua reciclagem potencializa esses benefícios, pois a matéria-prima reciclada substitui material virgem em muitos outros produtos, nos segmentos mais diferentes, como construção civil, tintas, produção de automóveis e caminhões ou telefones celulares. Não bastasse o reaproveitamento de centenas de milhares de toneladas de embalagens que seriam indevidamente destinadas, a reciclagem de PET economiza recursos naturais, muita água e energia. Você pode colaborar diretamente para que tudo isso aconteça: basta destinar adequadamente suas garrafas após o uso.
e. O PET bem ou mal direcionado
O PET bem orientado traz vantagens para todos, para o País; meio ambiente; indústrias; sociedade e geração de empregos. Já no caso do PET ser mal orientado, de um modo em geral traz vários tipos de malefícios para nós, e principalmente ele ataca, prejudica e polui o nosso meio ambiente.
PET bem orientado! Gera emprego, fonte de renda e ajuda melhor a preservar o meio ambiente!
Figura 47 - Painel com imagens de embalagens PET – Polietileno Tereftalato bem orientada. Fonte: google.com.br
PET mal orientado! Ataca, prejudica e polui o nosso meio ambiente!
Figura 48 - Painel com imagens de embalagens PET – Polietileno Tereftalato mal orientada. Fonte: google.com.br
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5 CONCLUSÕES
Conforme apresentado no item 3.4. Capacidade Produtiva da Resina PET no Brasil entre o período de 2000 a 2013 (k/ton), figura 33, e correlacionando com o item 3.8. Investimentos no Brasil – Balanço entre Oferta e Demanda, tabela 5 e gráfico (figura 37), haverá necessidade de construção ou ampliação de plantas de PET, já que para o ano atual, 2011, e o ano seguinte 2012, a previsão é de déficit de oferta para todas as resinas, principalmente em relação à resina PET, o que reforça e amplia a estimativa da necessidade de investimento.
A situação do ano atual, ano de 2011, configurou-se da seguinte forma, uma capacidade produtiva estimada de 550 k/ton e uma projeção de demanda estimada de 1239 k/ton, ou seja, um déficit de 689 k/ton. Em relação ao próximo ano, o de 2012, existe uma capacidade produtiva estimada de 850 k/ton, com sua projeção de demanda estimada em 1441 k/ton, ou seja, mais um déficit em nossa balança comercial, agora num valor de 591 k/ton. O que implica dizer que teremos que importar mais do que exportar, isso não é interessante para a economia nacional.
Hoje já é fato, que a M&G Polímeros (Gruppo Mossi & Ghisolfi), Unidade de Suape/PE já vem trabalhando na ampliação de sua capacidade produtiva, o que demonstra bem isso é a sua capacidade produtiva atual (550 k/ton), onde em sua projeção inicial a sua capacidade produtiva era de 450 k/ton, um aumento em sua capacidade de produtiva de 100 k/ton, um valor significativo.
Como também é fato que no Pólo Petroquímico de Suape, esta sendo projetada uma nova planta, a Unidade de PET (Polietileno Tereftalato), planta essa com escala mundial e tecnologia de ponta, que irá produzir 450 k/ton de resina destinada à fabricação de embalagens plásticas. Onde parcialmente esses valores (produção) já se encontram inclusos na estimativa do ano de 2012 (850 k/ton). Com certeza isso estará diminuindo o déficit na balança comercial, mas mesmo assim ainda não estará sendo o suficiente para equilibrar a balança, ou muito menos gerar um superávit.
Mas de ante de tudo isso, diante de todos os fatos, um outro caminho alternativo a se seguir é o da reciclagem, pois nele estaremos encontrando números que venha ajudar a suprir a nossa grande necessidade. Como exemplo o valor do volume recuperado no ano de 2010 de PET, cerca de 282 k/ton (Censo 2011, Abipet), sendo tudo isso novamente inserido no ciclo de produtividade.
Consequentemente estarão sendo gerando novos empregos, incentivos, tecnologias e oportunidades. E acima de tudo, estaremos colaborando também para preservação ambiental, e alcançando plenamente os três pilares do desenvolvimento sustentável, os benefícios sociais, econômicos e ambientais. Já para o ano de 2013, a capacidade de produção estimada já existente é de 1000 k/ton, ou seja, capacidade produtiva estimada em 100%, também provavelmente a projeção de demanda estará sendo aumentada.
"Isso é o mundo PET, onde todo PET é plástico, mas nem todo plástico é PET".
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6 REFERÊNCIAS
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7 APÊNDICES
PRINCIPAIS MEIOS UTILIZADOS COMO FONTES DE PESQUISAS.
Abaixo vejamos uma lista das principais Empresas, Institutos, Órgãos, Revistas e Associações, que foram utilizados como fontes de pesquisa e elaboração dos principais conteúdos desse trabalho, mostrando os seus LOGO, suas definições e os principais propósitos de cada um.
Seguindo a ordem por: PETROBRAS; BRASKEM; PETROQUÍMICASUAPE; GRUPPO MOSSI & GHISOLFI; ANVISA; IPEA; BNDES; ABIQUIM; ABIPET; ABIPLAST; REVISTA PLÁSTICO INDUSTRIAL; REVISTA PLÁSTICO EM REVISTA; REVISTA PLÁSTICO MODERNO; ALYA ECO; COCA-COLA.
PETROBRAS - Petróleo Brasileiro S/A é uma empresa de capital aberto (sociedade anônima), cujo acionista majoritário é o Governo do Brasil (União). Fundada em 03 de outubro de 1953 e sediada no Rio de Janeiro, opera hoje em 28 países, no segmento de energia, prioritariamente nas áreas de exploração, produção, refino, comercialização e transporte de petróleo e seus derivados, no Brasil e no exterior. Seu lema atual é "Uma empresa integrada de energia que atua com responsabilidade social e ambiental".
BRASKEM - Braskem S/A, é a maior produtora de resinas termoplásticas das Américas. Com 31 plantas industriais distribuídas pelo Brasil e Estados Unidos, a empresa produz anualmente mais de 15 milhões de toneladas de resinas termoplásticas e outros produtos petroquímicos. É controlada pelo grupo baiano Odebrecht.
PETROQUÍMICASUAPE - A Companhia Petroquímica de Pernambuco é um empreendimento liderado pela Petrobras Química S.A. (Petroquisa), para implementar o Complexo Petroquímico de Suape, que reúne três unidades industriais integradas: uma para produção de ácido tereftálico (PTA), outra para produzir polímeros e filamentos de poliéster (antiga Citepe) e uma terceira, que fabricará resina para embalagem PET.
GRUPPO MOSSI & GHISOLFI - Líder no mercado sul-americano, a M&G - empresa do Gruppo Mossi & Ghisolfi (M&G) - desenvolve resinas para embalagens PET e fibras de poliéster para a indústria têxtil, dois importantes setores da economia.
ANVISA - A Agência Nacional de Vigilância Sanitária é uma agência reguladora vinculada ao Ministério da Saúde do Brasil. Juridicamente concebida como uma autarquia de regime especial, a agência exerce o controle sanitário de todos os produtos e serviços (nacionais ou importados) submetidos à vigilância sanitária, tais como medicamentos, alimentos, cosméticos, saneantes, derivados do tabaco, produtos médicos, sangue, hemoderivados e serviços de saúde.
IPEA - A Fundação Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada é uma fundação pública federal vinculada ao Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República do Brasil. Suas atividades de pesquisa fornecem suporte técnico e institucional às ações do governo para a formulação de políticas públicas e programas de desenvolvimento.
BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social é um órgão vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e tem como objetivo apoiar empreendimentos que contribuam para o desenvolvimento do Brasil. Desta ação resultam a melhoria da competitividade da economia brasileira e a elevação da qualidade de vida da sua população.
ABIQUIM - A Associação Brasileira da Indústria Química congrega empresas de pequeno, médio e grande portes fabricantes de produtos químicos e prestadores de serviços ao setor, como transportadoras e operadoras logísticas. Clique nos links abaixo para obter mais informações sobre a Abiquim e empresas associadas.
ABIPET - Associação Brasileira da Indústria do PET é uma entidade sem fins lucrativos que reúne a cadeia produtiva do setor de PET: fabricantes da resina PET, fabricantes das embalagens de PET e seus recicladores. A Entidade representa cerca de 80% da Indústria do PET no Brasil e é a maior deste segmento em toda a América Latina.
ABIPLAST - Associação Brasileira da Indústria do Plástico, representando atualmente 8.844 empresas que empregam um total de 253 mil pessoas, a entidade, além de incentivar, ao longo das últimas quatro décadas, o uso do plástico nos mais diferentes segmentos, tem exercido ativa participação junto aos órgãos governamentais, de forma a reivindicar medidas que atendam às necessidades do setor.
REVISTA PLÁSTICO INDUSTRIAL - É uma revista mensal publicada pela Aranda Editora, especializada no processamento de materiais poliméricos, abordando aspectos relacionados ao desenvolvimento e às aplicações desses materiais.
REVISTA PLÁSTICO EM REVISTA – É uma publicação mensal para a indústria do plástico e borracha, editada pela Editora Definição Ltda. Diretores: Beatriz de Mello Helman e Hélio Helman.
REVISTA PLÁSTICO MODERNO - É uma publicação da Editora QD Ltda., distribuída á indústria de transformação de plásticos e borracha, fabricantes de máquinas e equipamentos do setor, área governamental e de serviços, instituições tecnológicas e acadêmicas, além das indústrias química, automobilística, eletrônica, farmacêutica, cosmética e alimentícia.
ALYA ECO - É uma fibra de poliéster produzida com PET reciclado. O apelo ecológico é, sem dúvida, um diferencial importante. Mas não é o único. Com 1,4 dtex (20% mais fina do que uma fibra de algodão), Alya Eco tem características técnicas excelentes.
COCA-COLA - O Sistema Coca-Cola Brasil, com atuação de destaque no País desde 1942, a Divisão Brasil é uma das quatro maiores operações da The Coca-Cola Company. O Sistema Coca-Cola Brasil é composto pela Coca-Cola Brasil e 16 grupos empresariais independentes, chamados de Fabricantes autorizados, além da Leão Junior e Del Valle, que elaboram o produto final em suas 46 unidades industriais e os distribuem aos pontos de venda. Esta estrutura absorve cerca de 53 mil colaboradores diretos e gera mais de 500 mil empregos indiretos.
Referências: Sites oficiais das próprias empresas. Disponível em Acesso em: 01 Out 2011.
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8 ANEXOS
ANEXO A
Fonte: revistaplasticoindustrial. Editora Aranda - Ano 13 - nº 154 - Janeiro 2011. Pg. 108.
ANEXO B
Fonte: revistaplasticoindustrial. Editora Aranda - Ano 13 - nº 154 - Janeiro 2011. Pg. 112.
ANEXO C
Fonte: revistaplasticoindustrial. Editora Aranda - Ano 13 - nº 154 - Janeiro 2011. Pg. 114.
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Clebson José Soares.
"O mundo PET! Onde todos os PET são plásticos, mas nem todos os plásticos são PET".
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