Clebson José Soares.
RECICLAGEM
RECICLAGEM
Reciclagem é o processo que visa transformar materiais usados em novos produtos com vista à sua reutilização. Por este processo, materiais que seriam destinados ao lixo permanente podem ser reaproveitados. É um termo que tem sido cada vez mais utilizado como alerta para a importância da preservação dos recursos naturais e do meio ambiente.
MATERIAIS RECICLÁVEIS
A seleção de materiais para reciclagem segue um sistema de cores que pode variar em diferentes países. No Brasil, as cores da reciclagem foram definidas da seguinte forma:
O símbolo utilizado para a reciclagem é um triângulo composto por três setas pretas dispostas no sentido horário. As setas representam a indústria, o consumidor e a própria reciclagem, definindo um ciclo. As embalagens recicláveis possuem este símbolo.
RECICLAR É PRECISO?
Se o avanço vertiginoso das embalagens PET mudou radicalmente hábitos de consumo, também gerou desafios para a indústria e a sociedade, que buscam caminhos para tratar o volume de descarte gerado. As previsões de crescimento do mercado só tornam ainda mais imperiosa a necessidade de as sociedades se dedicarem à reciclagem.
Atualmente, nos centros urbanos, cada indivíduo gera cerca de 1 quilo por dia de descartes sólidos. Embora o PET não seja o plástico mais produzido (representa apenas 7,5% dos plásticos, aproximadamente), são 100% reciclável. Reutilizá-lo traz inúmeros benefícios socioambientais, energéticos e econômicos.
As taxas de reciclagem de PET no Brasil já superam a marca de 45% – um patamar que pode ser considerado excelente, levando-se em conta o tempo que o país iniciou essa atividade e a deficiente logística brasileira para resgatar materiais recicláveis. Mas há oportunidades para avançar mais, por exemplo, por meio do incremento dos sistemas de coleta seletiva.
a. As vantagens da reciclagem 30%
Reciclar o PET traz vantagens para todos.
b. Você sabia?
c. O processo da reciclagem
Muito amigável em relação ao meio ambiente, o PET é de fácil reciclagem, mantendo elevadas características técnicas que garantem inúmeras aplicações em diferentes mercados. O PET pode ser reciclado de maneira mecânica, energética ou química. A reciclagem mecânica é a mais aplicável ao PET no Brasil.
Trata-se de um processo mais simples, em relação à reciclagem química, permitindo razoável controle nas características e na qualidade do produto final, agregando adequado valor ao produto e à sociedade. A reciclagem mecânica consiste na conversão das embalagens em flakes ou grânulos que podem ser reutilizados na fabricação de novos produtos.
Suas etapas básicas abrangem o sistema de coleta e triagem de garrafas, separação em função das cores e outros plásticos, moagem, lavagem e outras transformações termomecânicas de grau técnico mais elevado. Nesse processo, as características técnicas do PET são mantidas muito próximas dos níveis da resina original. Assim, o material reciclado permite obter embalagens não-alimentícias tão boas quanto às produzidas com PET virgem.
Em resumo, o PET reciclado reúne todas as características que fazem dele um produto alinhado aos modernos conceitos de sustentabilidade: contribui para a preservação do meio ambiente e dos recursos naturais não-renováveis, gera renda para os setores mais carentes da sociedade, dinamiza a indústria e a economia e atende o consumidor com embalagens práticas e bonitas.
d. ALYA ECO, a fibra que já foi garrafa
As vantagens do PET reciclado têm sido exploradas em um número cada vez maior de aplicações. A própria M&G dá exemplo de que essa pode ser a matéria-prima de inovações que vão ao encontro dos desejos dos consumidores e agregam valor aos negócios. Prêmio ABIT de Inovação Tecnológica, a fibra Alya Eco, produzida pela M&G a partir do PET revalorizado na Recipet, vem conquistando o mundo da moda – dos uniformes profissionais às roupas do segmento fashion.
Com 1,4 dtex, mais fina que a fibra de algodão, Alya Eco permite o desenvolvimento de tecidos e malhas em misturas com outras fibras, resultando em artigos duráveis, resistentes, confortáveis e de ótimo caimento. A esses atributos, Alya Eco soma um conceito cada vez mais valorizado pela sociedade moderna: o de responsabilidade socioambiental. Para um consumidor cada vez mais sensível à questão ambiental, vestir uma roupa com Alya Eco é uma forma simples e charmosa de defender a causa.
1. O Ciclo do PET, ALYA ECO
O Ciclo do PET. Fonte: modificado de gruppomg.com.br
Acima vemos uma ilustração, onde nela mostra todo o ciclo que o PET percorre até chegar ao produto acabado (camisa), desde sua origem principal, a resina virgem, passando pelas garrafas sopradas, reciclagem e transformação.
e. Como a garrafa se transforma em fibra?
A matéria-prima utilizada para a produção de Alya Eco é fornecida pela Recipet, a unidade de reciclagem da M&G instalada em Indaiatuba, com capacidade para processar cerca de 20 mil toneladas por ano de embalagens PET descartadas – garrafas usadas, em geral recolhidas por cooperativas de catadores, e material provindo de perdas da indústria de embalagens.
Na Recipet, as embalagens são separadas por cores, lavadas e moídas, transformando-se em flakes (flocos) de poliéster. Esse é o material utilizado para a fabricação de Alya Eco, na unidade de Poços de Caldas.
f. Com quantas garrafas se faz uma roupa?
PROPOSTAS
Trabalhar em cima da reciclagem, consequentemente gerando novos empregos, empreendimentos, tecnologias, desenvolvimentos e etc, e consequentemente ainda ajudando a cuidar e preservar melhor o nosso meio ambiente. Sabemos que o aumento do consumo de alimentos industrializados vem gerando grande volume de embalagens descartadas, principalmente os de bebidas carbonatadas. As embalagens de PET – Polietileno Tereftalato especificamente representam grande volume e problema ambiental sob vários aspectos.
Cuidar e tratar bem melhor o nosso meio social, econômico e ambiental, através de incentivos nas tratativas bem melhores em nossas coletas seletivas e dirigidas dos nossos produtos PET usados e descartados, utilizando-se da metodologia “Reciclagem”. E consequentemente gerando novos empregos, oportunidades e sustentabilidade.
a. Coleta Seletiva
Quando se trata de reciclagem de embalagens PET, o Brasil fica apenas atrás do Japão. Em sua posição de segundo maior reciclador de PET do mundo, o país reaproveitou 51,3% das embalagens em 2006. Alguns municípios têm sistemas de coleta seletiva para os resíduos sólidos urbanos. Isto significa que o cidadão deveria ser orientado a separar seu lixo, acondicionando em recipientes diferentes – em dias diferentes também - o lixo orgânico dos recicláveis - o papel, o vidro, a lata, os plásticos e o PET.
Esse material já separado pode então ser vendido, obtendo recursos que financiam todo o processo. Atualmente, o preço da garrafa pós-uso, prensada, está avaliado entre R$ mil e R$ 1,3 mil a tonelada, dependendo da região do país e da qualidade do material. Acredita-se que, com a nova demanda, este preço deva aumentar. A estratégia adotada por recicladores e a indústria consumidora de PET para obter material para reciclagem é por meio das cooperativas de catadores.
b. Coleta Dirigida
A alternativa para a coleta em municípios que não disponham da Coleta Seletiva é a denominada Coleta Dirigida, que nada mais é do que a conscientização da população local para a separação de determinados materiais recicláveis, entregando-a a pontos de coleta ou aguardando a data fixada para a coleta domiciliar. Essa modalidade de coleta ocorre das seguintes formas:
c. Reciclagem
Acontece em três etapas básicas: Recuperação; Revalorização e Transformação.
1. Recuperação – que se inicia no momento do descarte e termina com a confecção do fardo, que se torna sucata comercializável.
2. Revalorização – com início na compra da sucata em fardos e fim na produção de matéria-prima reciclada.
3. Transformação – final do processo completo de reciclagem, é a utilização da matéria-prima oriunda das garrafas de PET pós-consumo para a fabricação de inúmeros outros.
d. Benefícios da reciclagem do PET
A Reciclagem de PET colabora para preservação ambiental, mas não só: a atividade alcança plenamente os três pilares do desenvolvimento sustentável:
1. Benefícios Sociais
2. Benefícios Econômicos
3. Benefícios Ambientais
Nenhuma atividade pode ser próspera e perene sem que todas as variáveis que incidem sobre seus resultados sejam contempladas. A Reciclagem das embalagens de PET pós-consumo criou, em menos de 20 anos, todo um setor industrial. Essa indústria baseou-se, desde seu princípio, nas regras determinadas pelo próprio mercado: oferta e procura. Assim, ao criar e desenvolver aplicações para a matéria-prima resultante do processo de reciclagem das garrafas usadas, a Indústria do PET determinou uma forte demanda pela sucata.
1. Benefícios Sociais
No Brasil, ou em qualquer lugar do mundo onde a reciclagem do PET aconteça, a indústria têxtil é a maior usuária do insumo. Somente aqui, entretanto, a diversidade de usos permite que o valor pago pela sucata seja altamente atrativo o ano todo, o que mantém em atividade muitas empresas que comercializam o material, bem como inúmeras Cooperativas e seus catadores, permitindo que a rentabilidade destas permaneça em patamares aceitáveis – garantindo remuneração justa aos trabalhadores e a despeito da ausência de sistemas de coleta seletiva.
2. Benefícios Econômicos
A Indústria Recicladora do PET no Brasil é economicamente viável, sustentável e funcional. Basta citar que cerca de um terço do faturamento de toda a Indústria Brasileira do PET provém da reciclagem. Gera impostos, empregos, renda e todos os demais benefícios de uma indústria de base sólida. Seu crescimento anual constante, em média superior a 11% desde 2000, permite planejar novos investimentos – incrementados e incentivados pela criação de novos usos para o PET reciclado.
3. Benefícios Ambientais
A produção e uso das garrafas em si já trazem vários benefícios para o meio ambiente. Sua reciclagem potencializa esses benefícios, pois a matéria-prima reciclada substitui material virgem em muitos outros produtos, nos segmentos mais diferentes, como construção civil, tintas, produção de automóveis e caminhões ou telefones celulares.
Não bastasse o reaproveitamento de centenas de milhares de toneladas de embalagens que seriam indevidamente destinadas, a reciclagem de PET economiza recursos naturais, muita água e energia. Você pode colaborar diretamente para que tudo isso aconteça: basta destinar adequadamente suas garrafas após o uso.
e. O PET bem ou mal direcionado
O PET bem orientado traz vantagens para todos, para o País; meio ambiente; indústrias; sociedade e geração de empregos. Já no caso do PET ser mal orientado, de um modo em geral traz vários tipos de malefícios para nós, e principalmente ele ataca, prejudica e polui o nosso meio ambiente.
Painel com imagens de embalagens PET – Polietileno Tereftalato bem orientada. Fonte: google.com.br
Painel com imagens de embalagens PET – Polietileno Tereftalato mal orientada. Fonte: google.com.br
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Fontes:
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Clebson José Soares.
"O mundo PET! Onde todos os PET são plásticos, mas nem todos os plásticos são PET".
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